Cariocas acreditam que entrega da armas furtadas do exército foi coisa de 'Cumade e Cumpade' para abafar a crise na segurança

Exército quer encerrar investigação de furtos das armas em até 30 dias

Cariocas acreditam que entrega da armas furtadas do exército foi coisa de 'Cumade e Cumpade' para abafar a crise na segurança

Felipe Stephan ofelipestephan, comentou na rede social do Governador o que traduz o pensamento de grande parte dos cariocas "Parabens!! Mas… Claramente ocorreu um acordo com o tráfico devido a proporção que esse caso tomou. Do nada encontraram os fuzis em um carro roubado, ninguém foi preso…".

Quem assistiu as séries Narcos na Netflix, sabe que desde a década de 80, barões do tráfico de drogas feito Pablo Escobar, El Chapo, Gilberto Rodriguez Orejuela, Mogilevich, e o alto escalão do governo Colombiano e países da America, Europa e Asia sempre se comunicarão, e era comum quando havia pressão da mídia, para estancar a crise, os traficantes entregavam alguém, ou perdiam alguma coisa para o governo, que simulavam grandes apreensões e prisões, no Brasil o filme Tropa de Elite (2007) popularizou uma visão de realidade da época com Cenas de "Arrêgo do bicho e do tráfico!".

Essa visão ainda afeta atualmente o imaginário carioca e para alguns cariocas como Felipe Stephan, a entrega das armas que eram inservíveis por falta de peças, pode ter sido algo parecido para fortalecer o estado diante da crise e ameaça que pode levar até a uma de nova intervenção federal, logo agora que o Estado tem um novo Secretário que acabará de assumir mesmo sobre alguns protestos. Garotinho, por exemplo, avisou em suas Redes Sociais o descumprimento de um requisito "sine qua non" para o cargo ter 15 anos como delegado, assim foi preciso a Alerj votar as pressas uma mudança na Lei, para não aumentar a crise e ter que novamente mudar o Secretário de Estado de Polícia Civil.

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Uma famosa música de Leonardo diz:

"Então requebra, esfrega, requebra
Esfrega no cumpade'
Que ele levanta e acende e acende
O fogo da cumade'

Assim esperam todos os cariocas que a recuperação da armas furtadas do exército não tenha sido coisa de 'Cumade e Cumpade', e que o novo Secretário, mantenha o reconhecimento pelos bons serviços prestados que lhe rendeu diversos títulos e medalhas e que o levou a indicação para assumir o posto máximo da instituição, acabando com qualquer suposto dialogo que possa vim a ter, com qualquer facção ou milicia, para abafar a opinião pública e imprensa.

Insta esclarecer, que a opinião de alguns cariocas, não tira o mérito da apreensão feita, mas é notório que 4 das 21 metralhadoras furtadas de um quartel do Exército, ainda não foram recuperadas pela polícia e podem ser que estejam no Rio de Janeiro e funcionando, logo não se deve encerrar investigação de furtos das armas em até 30 dias, como quer o Exército, pois se as 4 armas que faltam encontrar tenham sido consertadas a vida de policiais cariocas podem correr grandes riscos, pois metralhadoras calibre .50 são capazes de derrubar aeronaves e se 8 foram encontradas no Rio, podem ter 4 ainda na mão de traficantes e/ou milicianos cariocas.

Pois o secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite, disse que as armas iriam para facções criminosas paulistas e fluminenses.

Na última quinta-feira 19, a Polícia Civil do Rio encontrou oito metralhadoras (quatro calibre .50 e quatro calibre 7,62). Na sexta 20, a Polícia Civil paulista recuperou mais nove armas (cinco calibre .50 e quatro 7,62).

No total as polícias de São Paulo e Rio encontraram 17 armas desviadas do Arsenal de Guerra de Barueri.

Falta, portanto, encontrar 4 metralhadoras calibre .50.

O Comando Militar do Sudeste, que investiga o caso internamente, já confirmou o envolvimento de três militares. 

"Armamento “inservível”

Segundo o Comando Militar do Sudeste, as metralhadoras furtadas eram “inservíveis” e “estavam no Arsenal, que é uma unidade técnica de manutenção, responsável também para iniciar o processo desfazimento e destruição dos armamentos que tenham sua reparação inviabilizada”.

O furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército é o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz.

Metralhadoras furtadas do Exército e recuperadas em São Paulo. Foto: Divulgação/Polícia Civil

Ao menos 20 militares respondem a processo por furto de armas

Punições podem ocorrer nas esferas administrativa e criminal.

Pelo menos 20 militares estão respondendo a processos disciplinares por conta do furto de 21 armas do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri (SP), informou o Comando Militar do Sudeste. Cerca de 40 militares continuam sem poder deixar o quartel. Eles estão de prontidão para prestar informações sobre o caso. As informações foram divulgadas em entrevista coletiva neste domingo (22).  

“Todos os militares que concorreram para esse episódio inaceitável serão punidos disciplinarmente. Temos diversos militares do quartel que, por negligência, deixaram de agir na gerência, controle e fiscalização do material. Esse pessoal está sendo julgado administrativamente e pode ser preso administrativamente”, disse o chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, Maurício Vieira Gama. 

Estão respondendo ao processo administrativo aqueles que foram negligentes no trabalho. O processo está na fase de defesa desses militares. Depois dessa etapa, eles serão julgados e poderão ser presos disciplinarmente por até 30 dias. Segundo Gama, entre os militares que respondem a esse processo estão oficiais, sargentos, cabos e soldados.  

Além da esfera administrativa, militares envolvidos no caso responderão a processos na esfera criminal, que serão julgados pela Justiça Militar. Tais processos têm prazo de 40 dias para serem concluídos, mas podem ser prorrogados por mais 20. Gama não deu detalhes sobre os militares que deverão responder a esse tipo de processo.  

Do total dos 21 armamentos de guerra que foram furtados, 17 foram recuperados, e as forças de segurança ainda buscam quatro. Oito foram recuperadas no Rio de Janeiro, no último dia 19, e, nove, achadas neste sábado (21), num valão em São Roque (SP).

“Estamos com os órgãos de segurança pública, que têm trabalhado com nosso apoio. Estamos trabalhando em conjunto e esperamos, no breve espaço de tempo, encontrar essas quatro armas que estão falando”, disse Gama. De acordo com ele, cerca de 40 militares permanecem sem podem deixar o quartel, disponíveis para colaborar com as investigações a qualquer momento.  

Gama ressaltou que o processo de controle desses armamentos, que estavam no local para passar por uma manutenção, é eficiente e que certamente houve participação de militares na subtração deles. “Os nossos processos de fiscalização e controle são muito eficientes. [Com os] nossos possessos de fiscalização e controle, se não houvesse participação do nosso pessoal, um episódio desse não aconteceria nunca”, afirmou.

“É isso que estamos levantando na esfera administrativa, quem deixou de fazer alguma coisa. Serão punidos por ação e inação. [É] por isso que há uma quantidade grande de militares que estão nesse processo e serão punidos.”

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Por Ultima Hora em 23/10/2023
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