'Caveat Emptor': Aliança polêmica inicia a Corrida Eleitoral em Petrópolis e promete dividir eleitores

Entre a Memória e a Amnésia Política: O Futuro de Petrópolis nas Mãos dos Eleitores

PP e PL Selam Aliança em Petrópolis

Apoio da família Bolsonaro e troca de aliados acendem debate sobre o futuro da cidade imperial

Petrópolis –  Vamos, com a devida vênia, discorrer sobre os últimos acontecimentos políticos que têm agitado a nossa amada cidade imperial de Petrópolis. Como bem disse o insigne jurista Ruy Barbosa, "a política é a arte de escolher entre os inconvenientes", e é exatamente isso que os eleitores petropolitanos terão que fazer nas próximas eleições municipais.

A recente aliança entre o Partido Progressista (PP) e o Partido Liberal (PL), selada com a escolha do vereador Octavio Sampaio (PL) ou do ex-vereador e ex-vice-prefeito Baninho (PL) como provável vice do pré-candidato a prefeito Hingo Hammes (PP), tem gerado debates acalorados nos círculos políticos da cidade. Afinal, como bem pontua o brocardo jurídico, "electio una via excludit alteram" (a escolha de um caminho exclui o outro).

Hammes, que já ocupou o cargo de prefeito interino em 2021, busca agora o apoio da ala conservadora, contando com o beneplácito da família Bolsonaro. Todavia, "nemo potest venire contra factum proprium" (ninguém pode comportar-se contra os próprios atos). Os eleitores certamente não se esqueceram da aliança firmada por Hammes com o PSOL durante sua gestão interina, nomeando um ex-assessor do atual deputado estadual Yuri Moura (PSOL) como Secretário de Educação. Agora, ironicamente, Moura é um de seus principais adversários na corrida pela prefeitura.

Além disso, pesa sobre os ombros de Hammes a pecha de ter sido aliado de última hora do ex-prefeito e atual secretário estadual Bernardo Rossi (Solidariedade), em cujo governo atuou como Secretário de Esportes e Lazer. Como diria Ruy Barbosa, "a coerência política é a virtude dos estadistas e a hipocrisia dos medíocres".

Cabe agora aos eleitores de Petrópolis decidir se permitirão que a amnésia política favoreça novos arranjos ou se, como ensina outro brocardo jurídico, "caveat emptor" (risco é de quem compra), levarão em conta os verões passados na hora de depositar seu voto nas urnas.

Que a sabedoria do povo petropolitano prevaleça neste momento crucial para o futuro da nossa amada cidade imperial.

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