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O já quase exílio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o Estado norte-americano da Flórida, tem efeito devastador na relação do político com a centro, direita, direita, e direita radical, sem com tudo desestruturar o movimento denominado “patriotas”, eis que essa bandeira de luta, é reflexo da nova face política do país, radicalizado entre esquerda e direita, que agora trouxe para o embate direto, autênticos ativistas, que não temem combater, e com certeza o farão, ao longo do governo Lula.
Por outro lado, ao manifestar de forma inadequada sobre os grupos na frente dos quartéis. As Forças Armadas que decepcionou radicais que desejam intervenção, produziu alguns malogrados personagens, a exemplo do general Santos Cruz, que revelou, “O que se viu e se vê é a desonestidade, a falta de sinceridade do presidente sobre a realidade nacional para aqueles manifestantes”, e ao mesmo atribuir desprezo de Bolsonaro pelos seus seguidores, é de toda forma uma manifestação sem qualquer conexão com a realidade, que se desenha no seio dessa massa em protesto.
Afinal, esse general fala por quem? Pelas Forças Armadas, por ele? Ou por adesismo a própria esquerda aparelhada, que embarcou na campanha de Lula?
Vem aí o “Circo dos Horrores” da Câmara. Senado e governadores
No dia 7 de fevereiro, os novos legisladores (deputados e senadores), retomam as atividades na Câmara e no Senado. Governadores, alguns que se lambuzaram no dinheiro nefasto do combate à epidemia da Covid, estão de volta, e no maior cinismo, vão praticar mais atrocidades, eis que a gula desses senhores não tem limite. A máquina pública assume seu protagonismo, o que se vislumbra, nada alvissareiro para os brasileiros.
O medo espreita os que livres se manifestam. A censura, dura e perigosa, que hoje aqueles que a aplaudem, podem ser as vítimas do amanhã, é um câncer de que a sociedade brasileira tinha se livrado. O livre pensar, o livre falar, o livre contestar, o livre protestar era uma conquista que, imaginávamos, jamais perderíamos. Engano. Com aplausos da esquerda, aquela mesma que berrava pela liberdade, ministros das cortes superiores “adaptaram” a Constituição às suas ideologias pessoais e o que era livre passou a ser criminalizado.
Nas duas casas, grupos antagônicos medirão forças para eleger as lideranças, que por dois anos, vão mostrar se estão dispostos a enquadrar o Supremo Tribunal Federal, limitar poderes para alguns dos seus membros insanos. Assim na minha opinião e tendo toda uma trajetória com 46 anos no jornalismo, venho afiançar, que certamente, um novo modelo de militância política estará se impondo e por essa razão certamente, a pressão será contundente para enquadrar os negocistas, fisiológicos, que usam os poderes a eles constituídos através da eleição, para servir a interesses escusos e deliberadamente contrário aos anseios da sociedade civil
A nova composição da Câmara e do Senado atualmente, que é de centro-direita, vai se organizar a partir de agora e como atuará para enfrentar os desmandos (que não serão poucos) do governo Lula, a começando pelo anuncio de introduzir a censura as manifestações populares, a ordem de repressão via STF contra ativistas, mesmo aquele que na sua magnânima liberdade de expressão garantida pela Carta Magna, venha, contrariar o desejo mesquinho e vil de políticos, que há muito (leia-se impunes) saqueiam os cofres da nação.
Adesistas e fisiológicos, bajuladores, estarão no entorno do governo
O surgimento de novas lideranças à direita, apesar de aliados aguardarem sinalizações do agora ex-presidente acerca do rumo político que deve tomar, mesmo que não consigam tirar Bolsonaro do engessamento pós eleições, devem assumir posições próprias alinhadas a sua posição ideológica, eis que, mais do que nunca, a sociedade está com o Congresso no radar.
Vale lembrar que no dia 31, no limiar do mandato anterior, o então vice-presidente e senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão (Republicanos), fez pronunciamento em rede nacional com crítica velada a Bolsonaro ao dizer que “lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criassem um clima de caos e de desagregação social”. A fala também foi interpretada como uma tentativa de disputar a liderança da oposição, e ao mesmo tempo classificada pela direita com venal traição do titulado.
Lula “o encantador de pobres”. Ciro Gomes e os erros de Bolsonaro
Durante a disputa presidencial, Lula garimpou e consegui acordos com candidatos que ao todo reuniram cerca de 10% do eleitorado. O petista reuniu apoios vindos da esquerda à centro-direita para derrotar Jair Bolsonaro. O governo está fatiado. Eis que dos 37 ministérios, 10 estão nas mãos do PT, oito em partidos que não o apoiaram na eleição (MDB, União Brasil e PSD) e 11 com ministros sem filiação partidária. Há ainda cargos com Rede, PCdoB, PSB, PSOL e PDT, e o terceiro escalão que a base natural do PT, est navegando em “águas turvas”.
Em meio ao turbilhão de costuras para apoio no segundo turno, em determinado momento o candidato derrotado à presidência Ciro Gomes (PDT), sobrou na ala petista, O que faltou para Ciro fechar com Bolsonaro. Teriam sido conspiradores? Os militares? Os falsos apoiadores, que travaram uma articulação? Isso precisa ser esclarecido!
Seus votos, eclodiram na região norte e nordeste do país. Discussão a parte quanto a legitimidade das urnas, penso eu, que faltou para Bolsonaro, uma assessoria de ponta, para desmontar a máquina das urnas eletrônicas. A mesma assessoria que deveria fazê-lo conter os impulsos e malogradas declarações a exemplo do: “quem não toma vacina, toma tubaína”, o que para ele era engraçado, mas para os milhões de brasileiros que definhavam com o surto criminoso, o efeito foi devastador.
Por outro lado, suas respostas ríspidas para jornalistas, afoitos sob as ordens de redações que combatiam sua reeleição, o emparedavam, e eram repelidos de forma grosseira e com piadas de mau gosto. Declarações desnecessárias de seus filhos, atitudes desvairadas, a exemplo da deputada De fato, Bolsonaro foi fulminando aos poucos. Derreteu seus votos, da mesma forma que o desgelo do sol, sobre as camadas gélidas do ártico.
Como Bolsonaro conseguiu ter quase a unanimidade da imprensa contra ele?
Quando Michelangelo (1508-1512) pintava o teto da Capela Sistina, derrubou um pingo de tinta no chão. Calmamente desceu as escadas, limpou a mancha e retornou a pintura. O episódio é um paradigma, um exemplo do quanto o artista político, encantador de pobres – o Lula pai do povo, vai conseguir subir e descer escadas? Michelangelo ainda estava jovem, e Lula beira os 80, com certeza, não conseguira subir e descer escada por muitas vezes. Ele que procure não respingar sua tinta à frente do trono presidencial.
O querido amigo que se foi, Helio Fernandes, era fã incondicional do jornalista Nelson Rodrigues, e citava sempre a frase: “A unanimidade é burra”. Foi quase unânime, como se explica esse fenômeno? Muitos apontam ao modelão da campanha de Lula, que enveredou para o campo das acusações de fascismo, genocida e discriminador, a ponto de atrai contra ele, toda ira nordestina.
Examinando aqui, (fraude a parte da eleição) que data vênia, não se comprovou de fato e de direito, até porque isso poderia ter sido mais transparente para a opinião pública, mas que por erro dos mais inaceitáveis, a inteligência do exército, jamais trouxe à tona, ipissis litteris as provas contundentes da fraude. Mesmo assim, dado a diferença estreita da eleição de Lula, ao menos uma recontagem de votos, teria que se permitida. E o tal “código fonte” sumiu? Afinal a sociedade civil tinha esse direito. Espero que ainda tenha??? (Imagem: Arquivo).
Roberto Monteiro Pinho - jornalista, escritor, ambientalista, CEO em jornalismo Investigativo e presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI. Escreve para Portais, sites e blog de notícias nacionais e internacionais. Autor da obra: Justiça Trabalhista do Brasil (Edit, Topbooks), em revisão os livros “Os inimigos do Poder” e “Manual da Emancipação”.
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