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Um relatório da CGU, a Controladoria-Geral da União, indica que ao menos uma das refinarias privatizadas no governo passado foi vendida com preço abaixo do mercado.
O relatório afirma que a decisão da Petrobras, de vender os ativos durante as turbulências econômicas provocadas pela pandemia, pode ter gerado impacto na avaliação da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, tendo como consequência a redução do valor esperado para venda.
Em 2021, a refinaria foi vendida, durante a pandemia, por US$ 1,6 bilhão para a Mubadala Capital, fundo de investimentos da família real dos Emirados Árabes.
A CGU indica ainda que a Petrobras assumiu o risco de manter a negociação das demais refinarias em um momento grande turbulência do mercado.
Em manifestação preliminar ao relatório da CGU, a Petrobras disse discordar da interpretação sobre o risco. No documento, a estatal afirmou que a venda de refinarias fazia parte da redução da dívida da empresa, adequação regulatória e melhor alocação de investimentos. Mesmo assim, a estatal postergou o cronograma de privatizações para superar a crise no mercado.
A auditoria da CGU espera, por parte da Petrobras, a adoção de medidas corretivas na verificação e tratamento de riscos nas vendas de unidades da petroleira brasileira.
Nas redes sociais, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, afirmou que a Polícia Federal já teve acesso ao relatório, que foi publicado no site do órgão.
No final de dezembro, a Petrobras anunciou que está negociando a recompra da antiga refinaria Landulpho Alves, renomeada como Refinaria de Mataripe, pelo fundo Mubadala.
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