Chiquinho Brazão, pede ao STF autorização para cirurgia e prisão humanitária

A ação, protocolada pelo deputado federal na véspera de Natal, está na mesa de Alexandre de Moraes, relator do caso

Chiquinho Brazão, pede ao STF autorização para cirurgia e prisão humanitária

Preso preventivamente desde março por suspeita de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, Chiquinho Brazão pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) “prisão domiciliar humanitária” e autorização para fazer uma cirurgia no coração, informa o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles. A ação, protocolada pelo deputado federal na véspera de Natal, está na mesa do relator do caso na Corte, o ministro Alexandre de Moraes.

Em outubro, Chiquinho Brazão solicitou prisão domiciliar alegando “fragilidade do estado de saúde”. Na ocasião, Moraes determinou que o Presídio Federal em Campo Grande realizasse avaliação médica. A defesa afirmou que, na véspera de Natal, a família foi comunicada pela prisão que o congressista passará por consulta com cardiologista na sexta (27/12), para “avaliação dos exames e possível encaminhamento para cirurgia”.

A defesa argumentou: “como se observa dos laudos, os médicos, diante da conclusão da angiotomografia coronária, constataram a necessidade de submeter o paciente ao estudo por cinecoronariografia – método invasivo – com o objetivo de identificar obstruções nas artérias com o presumível objetivo de submetê-lo a cirurgia cardíaca”.

O procedimento utiliza medidas de pressões e imagens de raio-X em tempo real para averiguar as condições dos vasos sanguíneos do coração. O acesso ao órgão é feito através da inserção de um tubo num vaso do punho ou da virilha.

Os advogados de Brazão apontam que o parlamentar é portador de hipertensão arterial, diabetes, cardiopata, possui angioplastia prévia com stent, doenças crônicas e metabólicas que apresenta quadro clínico complexo. Eles também alegam episódios de hiperglicemia, variações pressóricas, risco cardiovascular elevado, fatores indicativos de severa e contínua perda da capacidade renal.

“Nesse sentido, para além do risco cardíaco identificado por meio da angiotomografia coronária, a ultrassonografia das vias urinárias deixou ainda mais claro o perigo a que o postulante está exposto, de modo que o acentuado risco cardiovascular, diante desse quadro de múltiplas comorbidades, alcançou níveis que retiram do sistema prisional a capacidade de oferecer ao postulante os cuidados necessários indispensáveis à manutenção de sua saúde”, diz a defesa de Chiquinho Brazão.

O deputado pediu a Moraes a “substituição de prisão preventiva por prisão domiciliar humanitária”. Ele sugere a imposição de tornozeleira eletrônica e requer autorização prévia para deslocamento até o Hospital da Unimed localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, estado natal do parlamentar. Atualmente ele está preso no Mato Grosso do Sul.

Com informações Agenda do poder

Por Ultima Hora em 27/12/2024
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