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O coletivo 342Artes, da empresária Paula Lavigne, está mobilizado com a violência política de gênero e apoia a ocupação de mulheres em cargos públicos. Às vésperas das eleições municipais, a organização lança o movimento "Elas por Nós", que sugere vereadoras e prefeitas de vários partidos e cidades do país.
"Temos de lutar contra qualquer tipo de violência política. Porque, com a violência política, perdemos todos. Perde a democracia e, sobretudo, perdem os eleitores e seu direito soberano de exercício do voto. Essa é a razão de o 342 participar dessa luta, e é com orgulho que vemos o esforço da ministra Cármen Lúcia por essa agenda", afirma Paula Lavigne.
No último mês, a empresária participou de uma reunião junto com a deputada federal Talíria Petrone e a ex-deputada Manuela D’Ávila com Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A audiência foi sobre as 11 ameaças de morte sofridas pela psolista — parlamentar mais ameaçada do país segundo levantamento de pesquisadores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) — e o andamento das investigações, que ainda estão sem solução.
"Muitas mulheres desistem dos cargos políticos porque é duro ameçarem nossos filhos, nossa família. Mas eu não vou ceder. E já passou da hora das mulheres terem a caneta na mão. Vamos para o segundo turno e vamos fazer história em Niterói", garante Talíria Petrone, candidata a prefeita de Niterói, que tem chances de disputar o pleito de acordo com a última pesquisa realizada pela AtlasIntel.
Mulheres na política
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, acaba de anunciar a criação do Observatório Permanente Contra a Violência Política para a prevenção e o combate desse tipo de crime. Na reta final das eleições 2024, a ministra chamou atenção para a importância de ter mulheres ocupando cargos públicos durante um programa televisivo.
Em 133 anos de história, por exemplo, o STF teve apenas três mulheres como ministras. Em 450 anos, Niterói (RJ) nunca teve uma mulher no governo.
"Talíria Petrone é um dos símbolos das ameaças, da intimidação e da violência, mas é símbolo também da resistência e da luta por um ambiente democrático melhor", ressalta a empresária Paula Lavigne.
Segundo dados do Instituto Alziras, as mulheres são 51% da população no Brasil, mas apenas 12% governam municípios. As negras são 28%, mas 4% comandam os municípios. Já os homens seguem no controle de 88% das prefeituras do Brasil.
Sugestões para prefeitas
Entre as prefeitas sugeridas pelo movimento "Elas por Nós", criado pelo coletivo 342Artes, estão Talíria Petrone (PSOL), em Niterói (RJ); Dandara Tonantzin (PT), em Uberlândia (MG); Duda Salabert (PDT), Belo Horizonte (MG); Maria do Rosário (PT); em Porto Alegre (RS); e Natália Bonavides (PT), em Natal (RJ).
Paula Lavigne; Ministra Carmem Lúcia; deputada Talíria Petrone; Manuela D'Ávila; Ivanilda Figueiredo, advogada.
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