Com 2º Turno certo entre Paes e Ramagem: Luizinho e Marcelo Queiroz do PP devem decidir quem será o prefeito da cidade maravilhosa

Com 2º Turno certo entre Paes e Ramagem: Luizinho e Marcelo Queiroz do PP devem decidir quem será o prefeito da cidade maravilhosa

O cenário político do Rio de Janeiro está prestes a entrar em ebulição com a aproximação do segundo turno das eleições municipais. Com a disputa entre Ramagem e Eduardo Paes se desenhando no horizonte, todos os olhos se voltam para um jogador inesperado que pode decidir o futuro da Cidade Maravilhosa: o Partido Progressista (PP).

"A política é a arte do possível", já dizia o estadista Otto von Bismarck. E no tabuleiro eleitoral carioca, as possibilidades são muitas e complexas. O governador Cláudio Castro, que já demonstrou sua força política e deve vencer com seu apoio direto em 18 municípios no primeiro turno, e sua eleição para Deputado Federal em 2026 sacramentada, entrará certamente de cabeça na campanha, podendo ser o fator decisivo para zerar a diferença entre Paes e Ramagem.

O PP, que tem conversado intensamente com Eduardo Paes, encontra-se agora numa posição estratégica.

Luizinho líder do PP Câmara Federal, além figura-chave do PP, e ter o saldo político da votação de Marcelo Queiroz para o 2º Turno, é também pre-candidato forte em 2026 e provavelmente terá que enfrentar um dilema digno de Hamlet: apoiar Eduardo Paes, outro pré-candidato ao governo do estado, ou alinhar-se com Bacellar que tem palanque certo junto com Ramagem e que disputa diretamente com Luizinho não só a prefeitura de Nova Iguaçu com Jacaré, mas também a preferência do governador para concorrer em 2026.

Paes vence Gabeira no Rio por 55 mil votos

A história política do Rio nos lembra que alianças podem mudar o jogo. Todos se recordam da eleição em que Gabeira perdeu por não fazer acordos, enquanto Paes, ao fechar com o PT no segundo turno, virou o jogo na eleição mais disputada da história carioca. Como diria o filósofo Nicolau Maquiavel, "na política, não existe amizade verdadeira nem inimizade permanente, apenas interesses permanentes".

Com Bacellar e Amorim provavelmente apoiando Ramagem, e o PSOL fazendo seu tradicional "apoio crítico" a Paes, o PP, que hoje comanda a pasta da Saúde do estado, pode ser o fiel da balança. A decisão do partido terá impacto não só na eleição municipal, mas também nas articulações para o governo do estado em 2026.

"A política é o segundo ofício mais antigo do mundo. E guarda notável semelhança com o primeiro", brincava o político americano Ronald Reagan. No caso do Rio, essa semelhança pode estar na capacidade de adaptação e negociação que os partidos terão que demonstrar.

Os dados estão rolando, e o PP terá que fazer uma escolha difícil. Como ficará o partido nesse cenário? A resposta a essa pergunta pode muito bem definir quem será o próximo prefeito do Rio de Janeiro.

Como disse o estadista Winston Churchill, "na política, quando você está em dúvida, fique em cima do muro. Quando você está decidido, não hesite em pular".

Por Ralph Lichotti

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Por Ultima Hora em 26/09/2024
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