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Os militares avalizaram a graça institucional concedida por Jair Bolsonaro ao deputado federal bolsonarista Daniel Silveira, condenado a 8,9 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por promover ataques contra a democracia e as instituições. As razões, de acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, são “uma certa raiva” do STF por ter anulado e as decisões da Lava Jato, o que permitiu a candidatura do ex-presidente luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto à Presidência da República, além de ter liberado os áudios do Superior Tribunal Militar que comprovam a prática da tortura por agentes da ditadura.
Segundo a reportagem, Bolsonaro “havia sido aconselhado a deixar a saída para o caso Silveira para o Parlamento: ou seja, pressionar Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, a salvar politicamente o mandato do deputado”.
“A Câmara chegou a acionar o STF, mas Bolsonaro saiu do roteiro e aderiu ao 'núcleo duro' de assessores: foram encarregados de achar a solução do decreto concedendo a graça a Silveira”, ressalta a jornalista. Entre os bolsonaristas acionados estão o subchefe de Assuntos Jurídicos do governo, Pedro Cesar Sousa; o secretário de Governo, Celio Faria; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Oliveira – indicado por Bolsonaro e considerado praticamente da família Bolsonaro; e o Advogado-Geral da União, Bruno Bianco.
Ainda conforme Andréia Sadi, “a decisão foi costurada no pior momento de briga de espaço entre o Centrão e militares, já que Braga Netto, que deve ser confirmado na vice de Bolsonaro, voltou a despachar do Palácio do Planalto e tem brigado para retomar poder e protagonismo dos militares junto ao presidente – ou seja, trava uma "guerra" com o centrão.
“Diante desse quadro, militares voltaram a defender que Bolsonaro 'enfrente o Judiciário' e aproveitaram o gancho do caso de Daniel Silveira. Um general disse ao blog que o presidente aproveitou para 'marcar posição e mostrar limites' para a Corte – e que 'duvidava' que o STF venha a derrubar o decreto do presidente”, finaliza a reportagem. (Do Brasil247)
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