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DA REDAÇÃO - Com o país de volta ao Mapa da Fome, desemprego e miséria aumentando em todas as capitais e interior, preço do gás explodindo, inflação beirando os dois dígitos, um morticínio ainda maior por causa da pandemia que já ceifou quase 700 mil vidas e com o país à beira de um colapso energético, o presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro voltou a incentivar a aquisição de armas, desta vez criticando quem o cobra por mais estímulos à compra de alimentos. A declaração foi feita a apoiadores que o acompanhavam no cercadinho do Alvorada na manhã desta sexta-feira 27.
“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Sei que custa caro. Tem idiota que fala ‘tem que comprar feijão’, mas se você não quer comprar fuzil não enche o saco de quem quer comprar”, afirmou Bolsonaro.
Na quinta-feira 26, o presidente já havia afirmado que ‘quanto mais armado estiver o povo, melhor’ em meio ao clima de constante ataque às instituições que tem criado.
Durante a conversa com os bolsonaristas, o presidente voltou a atacar os ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral.
“Não sou machão, não sou o único certo. Agora, do outro lado, não pode um ou dois caras estragar a democracia no Brasil. Começaram a prender na base do ‘canetaço’, bloquear redes sociais. Agora o câncer já foi lá pro TSE, lá tem um cara também que manda desmonetizar as coisas”, disse. “Tem que botar um ponto final nisso. Isso é dentro das quatro linhas”, acrescentou aos apoiadores.
A expressão ‘câncer’ já havia sido usada nesta semana por Jair Bolsonaro, horas depois do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), recusar o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. Nas redes sociais, o mandatário disse saber ‘onde estava.
“Se esse câncer for curado, o corpo volta à sua normalidade. Estamos entendidos? Se alguém acha que eu tenho que ser mais explícito, lamento”, disse em publicação na quarta.
No cercadinho, o mandatário reafirmou a um apoiador que ‘sabe como ganhar a guerra’, logo após ser incitado a sair das quatro linhas e ‘partir para um nocaute’.
“Tem ferramenta lá dentro pra ganhar a guerra. Tem gente que já tá de fora [das quatro linhas]. É difícil governar um País dessa maneira. Eu não queria interferir pro lado de lá, nem vou. Agora, tem que deixar a gente trabalhar pro lado de cá. Não tô reclamando não, mas tudo tem um limite. Eu tenho dito, vou tá onde vocês estiverem. Vocês dão norte pra gente”, respondeu. “Agora querer que um cara levante a espada, vá lá e resolva o problema, ai você tá enganado”, acrescentou.
Antes, ele já havia minimizado a acusação de que partiria para uma ruptura. “Alguns dizem que eu quero dar golpe, são uns idiotas, eu já sou presidente, porra”, se esquecendo de que é um defensor histórico da ditadura que fecha o Congresso
Na conversa, ainda antes de incentivar a compra de fuzis, Bolsonaro reafirmou a participação nos atos do dia 7 de setembro e disse que o que está em risco neste momento é a ‘liberdade’ e a sua vida. (Com informações da Carta Capital)
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