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Instituída pela Lei nº 2.048, de 26 de outubro de 1953, promulgada pelo então presidente do Senado Federal, João Café Filho, a data escolhida marca o nascimento, em 1756, do baiano José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu – um dos mais importantes economistas, juristas e políticos do Brasil; o Patrono do Comércio.
O legado do Visconde de Cairu ainda hoje é um grande exemplo do impacto positivo do comércio no desenvolvimento e no crescimento de uma nação. Defensor do livre comércio, sua atuação e sua articulação, como conselheiro de D. João VI em um momento fundamental da História, foram decisivas para a abertura dos portos brasileiros às nações amigas em 1808; um marco histórico que transformou a economia do país. Até então fechada e limitada, passou a integrar-se ao comércio internacional.
Esse passo impulsionou o desenvolvimento de várias cidades, especialmente o Rio de Janeiro que, além de sede do governo do Brasil Colônia e depois capital federal, transformou-se em um importante centro comercial e financeiro.
Mesmo tendo atravessado sucessivas e prolongadas crises políticas, financeiras e econômicas, incluindo uma pandemia, o Rio de Janeiro mantém seu papel relevante como “caixa de ressonância” do país.
Nesse contexto de altos e baixos, o comércio sempre foi um dos pilares de sustentação do Rio de Janeiro, demonstrando sua força, sua resiliência e sua versatilidade; impulsionando não só a economia local como contribuindo, desde os tempos coloniais, para o desenvolvimento social, cultural e econômico do Brasil.
Não foi por acaso que no Rio de Janeiro nasceram algumas das mais importantes entidades representativas do comércio do Brasil, como o SindilojasRio, o primeiro sindicato empresarial do comércio do país, hoje com 92 anos de existência, e o Clube de Diretores Lojistas - CDLRio, fundador do Serviço de Proteção ao Crédito - SPC, que revolucionou o sistema de crédito brasileiro.
Hoje, tornar e manter um negócio relevante para a sociedade na qual se insere, sendo sustentável, inovador, lucrativo, competitivo e perene, exige que os comerciantes, sejam eles micro ou grandes empresários, se adaptem cada vez mais rapidamente às velozes transformações provocadas pela globalização, pelas mudanças de comportamento e dos hábitos de consumo e pelos avanços tecnológicos.
Para os comerciantes brasileiros, essas demandas são ainda mais desafiadoras diante de uma conjuntura adversa que dificulta investimentos e a própria atividade empreendedora, seja por causa da alta e complexa carga tributária que sobrecarrega o setor, seja devido aos prejuízos causados pela falta de segurança e pela desordem urbana.
O Dia do Comerciante é uma boa oportunidade para refletir sobre o passado e o futuro do comércio no Rio de Janeiro e no Brasil, celebrando avanços e conquistas. É uma oportunidade para renovar o nosso compromisso com o desenvolvimento e o fortalecimento do setor, inspirados pelo exemplo e pela visão do Visconde de Cairu e de outras personalidades que dedicaram e dedicam suas vidas ao comércio.
É o momento para reforçar a importância do comerciante como agente de transformação e desenvolvimento que contribui para a vitalidade econômica e social do Rio de Janeiro e de todo o Brasil, gerando empregos e riqueza, realizando sonhos e proporcionando qualidade de vida para milhões de pessoas. Nunca é demais lembrar que não existe cidade ou nação próspera sem um comércio forte.
Parabéns a todos os comerciantes pelo seu trabalho incansável e pelo seu papel essencial na construção de uma sociedade melhor.
Aldo Gonçalves
Presidente do SindilojasRio e do CDLRio
Publicado no jornal Monitor Mercantil em 16 de julho de 2024.
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