Comissão da Alerj vai propor TAC ao ministério público para cobrar fiscalização pela AGENERSA dos serviços de água

Comissão da Alerj vai propor TAC ao ministério público para cobrar fiscalização pela AGENERSA dos serviços de água

Colegiado que atua na área de Saneamento Ambiental ouviu a sociedade civil e representantes das concessionárias Águas do Rio, Iguá Saneamento e Rio+ Saneamento em audiência pública.

A Comissão de Saneamento Ambiental, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), vai propor um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ao Ministério Público do Rio para que a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) fiscalize o cumprimento dos contratos das concessionárias de água e esgoto. Essa decisão foi anunciada durante a audiência pública promovida pela comissão, nesta quarta-feira (12/04), no plenário da Assembleia. A reunião ouviu as concessionárias Águas do Rio, Rio+ Saneamento e Iguá Saneamento, além de moradores de diversas regiões do estado, sindicatos e estudiosos do tema.

Para o presidente da comissão, deputado Jari Oliveira (PSB), é necessário que a Agenersa cumpra o seu papel como agente fiscalizador e faça a revisão dos contratos. “Nós vamos acionar o Ministério Público para propor um TAC e cobrar da agência reguladora do setor que ela realmente cumpra o seu dever como fiscal do contrato. Não vamos parar até que a população tenha um serviço digno e de qualidade”, disse.

Os principais problemas relatados pelos usuários presentes na audiência foram o desabastecimento de água e o aumento no valor da conta. Eles também reivindicaram a implementação da tarifa social e a reformulação do modelo de cobrança tarifária. Muitos apontaram que antes das concessões, não havia problemas de desabastecimento. “Quando o serviço era administrado pela Cedae, nós não tínhamos problemas de abastecimento de água. Hoje, falta água em diversos bairros do Rio e nas comunidades. Nesse último verão, a água não chegou”, contou Jaques Oliveira, morador de Paciência, na Zona Oeste da cidade do Rio.

Aumento de reclamações

De acordo com a coordenadora de atendimento do Procon, Soraia Panella, houve um aumento significativo nos atendimentos referentes a problemas na prestação desses serviços, especialmente a partir de novembro de 2022. “O maior número de reclamações é da empresa Águas do Rio, e a principal demanda do consumidor refere-se à revisão da conta. Nas demais companhias também houve um aumento nos pedidos de revisão de conta por consumidores que não entendem o cálculo”, explicou Panella. A Águas do Rio é a empresa que arrematou os maiores blocos na concessão da Cedae, englobando 26 municípios fluminenses e 124 bairros cariocas.

O presidente da concessionária, Alexandre Bianchini, disse que entende as reclamações, apesar de já ter realizado melhorias nas regiões atendidas. “A solução é investir mais em tecnologia, em obras e treinamento de pessoal. Desde novembro de 2021, implementamos R$ 1,2 bilhão de investimentos e 250 mil pessoas foram beneficiadas. A população vinha tendo um serviço muito precário e nós herdamos uma situação muito complicada. Mas estamos cumprindo o contrato e avançando”, comentou.

Tarifa social

Em relação aos pedidos de tarifa social no pagamento da conta de água, a deputada Lucinha (PSD) informou que existe um Projeto de Lei em tramitação na Casa que garante essa forma de tarifa no fornecimento de água e manutenção da rede de esgoto. A parlamentar solicitou que o projeto retorne à pauta nas sessões plenárias da próxima semana. A proposta é assinada por ela e pelo deputado Luiz Paulo (PSD).

Também estiveram presentes na audiência os deputados Léo Vieira (PSC), Fred Pacheco (PMN), Carla Machado (PT), Douglas Ruas (PL), Renato Machado (PT) e Vinicius Cozzolino (União).

Da Editoria Última Hora / ASCOM / Imagem: Redes Sociais

 

Por Ultima Hora em 14/04/2023
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