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PSD Oficializa Candidatura de Eduardo Paes em Ato Eclético
O PSD do Rio de Janeiro formalizou neste sábado (20), em uma convenção marcada pela diversidade política, a candidatura à reeleição do prefeito Eduardo Paes. O evento, conduzido pelo presidente da Câmara e presidente municipal do PSD, Carlo Caiado, contou com a presença de aliados de diferentes espectros ideológicos, incluindo representantes da esquerda e até bolsonaristas.
Paes, que lidera as pesquisas com 53% das intenções de voto, destacou a importância da aliança em seu discurso. “Essa aliança aqui é uma resposta àqueles que acham que a política tem que se apequenar. Política é sobre o esforço de produzir consensos a partir dos dissensos”, afirmou. Ele também expressou a esperança de que a aliança se una em torno de um projeto de cidade.
A escolha do vice de Paes, que deve ser o deputado federal Pedro Paulo ou o estadual Eduardo Cavaliere, ambos do PSD, ainda não foi definida e deve ser anunciada até o dia 5 de agosto. A decisão é crucial, já que Paes tende a deixar o novo mandato no meio, caso reeleito, para concorrer ao governo estadual em 2026. Pedro Paulo, embora favorito, carrega alguns problemas políticos, enquanto Cavaliere, apesar de jovem, tem a confiança de Paes.
A convenção contou com a presença de diversas lideranças políticas, incluindo o deputado federal Otoni de Paula (MDB), que, apesar de bolsonarista, declarou apoio pessoal a Paes. “Estou rodeado aqui de amigos petistas, do PCdoB. Aliás, preciso sair daqui e fazer uma oração depois”, brincou Otoni. “Vocês acham que vão levar o Eduardo, um cara que sempre foi de centro, e vão levar sozinhos? Não… Eduardo é de todos nós.”
Figuras da esquerda, como a deputada estadual pedetista Martha Rocha, que foi adversária de Paes na eleição de 2020, também marcaram presença, assim como representantes do PT, PDT, PSB, PCdoB, Solidariedade, PV, Cidadania, Podemos, PRD, Avante e Agir.
Durante seu discurso, Paes preparou o terreno para o embate com Alexandre Ramagem (PL) na área da segurança, uma das prioridades do candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Paes criticou a gestão da segurança pública pelo governo do estado, chefiado por Cláudio Castro (PL), associando Ramagem ao grupo que estaria fracassando nessa política. “(O bolsonarismo) Nomeou até o secretário de segurança do estado. Vai lá e faz. Está na mão deles há seis anos, desde 2018, quando eu e Comte (Bittemcourt) perdemos eleição para aquele juiz 171”, afirmou, referindo-se a Wilson Witzel.
A confiança na vitória no primeiro turno foi reforçada pelos aliados de Paes durante a convenção, apesar da expectativa de crescimento dos adversários Tarcísio Motta (PSOL) e Alexandre Ramagem ao longo da campanha.
Em mais de um momento, Paes saudou a parceria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacando a importância da colaboração entre diferentes níveis de governo para o bem da cidade.
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Com informações de O GLOBO
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