CPI da Covid: Queiroga se esquiva de respostas sobre cloroquina e declara ja ter visto Bolsonaro defender tratamento precoce

Queiroga se preservou a declarar que

O atual ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga que depõe desde as primeiras horas dessa quinta-feira (6), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid irritou senadores durante seu depoimento por não se posicionar firmemente contra o uso da cloroquina.  

Durante a sessão, diversos parlamentares o questionaram se o ministro da Saúde aprovava o do uso do medicamento que comprovadamente não tem nenhuma eficácia contra a Covid-19. Assim como, indagavam o médico se ele aprovava o que o presidente Jair Bolsonaro chamava de “tratamento precoce”. Se mostrando bastante aflito com as indagações Queiroga se esquivou de cada uma delas no que tangiam ao uso do fármaco e se preservou a declarar que “não faria juízo de valor”.

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CPI da Covid é um massacre impiedoso contra o presidente Jair Bolsonaro

“Ministro, o senhor está aqui como testemunha. Essa é a instância. Não tem esse negócio de dizer e jogar para terceiros… O senador Renan fez perguntas simples: faltou o que? Não faltou o dinheiro. Faltou lockdown, faltou o que? Você está aqui como testemunha, estou aqui pra lhe preservar. Não é achismo. É sim ou não”. Declarou o presidente da casa, Omar Aziz após Queiroga não responder claramente se compartilhava ou não da posição de Bolsonaro de indicar a Cloroquina como “tratamento precoce”. 

Renan Calheiros que é o relator da CPI, confrontou Queiroga dizendo que o ministro não estava respondendo seus questionamentos e Queiroga respondeu dizendo queria responder perguntas que julgava ser “juízo de valor”. 

Queiroga afirma que ouviu Bolsonaro defender "tratamento precoce"

Ainda em seu depoimento na CPI da Covid, Queiroga relatou que presenciou o presidente da República Jair Bolsonaro, defender o tratamento precoce: "em uma unica oportunidade".

"Em manifestação pública, em Chapecó, o presidente fez menção que tinha usado um remédio, mas não citou o nome. Ele defendeu um atendimento imediato naquele momento e disse que tinha tomado um medicamento que, para ele, achava que tinha feito efeito", disse o ministro da Saúde.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.