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Nos últimos anos nunca debatemos tanto sobre orçamentos destinados para cultura.
O contribuinte tem pouco acesso aos planejamentos e leis orçamentárias.
Do lado da Empresa, muitas acessam leis de incentivos e direcionam seus projetos conforme seus interesses e suas equipes de marketing.
Desde que iniciei minha trajetória na área da Cultura e Economia Criativa sempre tive a curiosidade de conhecer métricas de resultados em relação aos valores aplicados através de projetos culturais.
A pergunta que sempre fazemos: há compensações com verbas destinadas à cultura? Qual relevância de fortalecer políticas públicas relativas à cultura?
Há alguma conexão entre violência e cultura? Entre cultura e sustentabilidade?
Uma parceria inédita da Fundação Getúlio Vargas com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativo, através da secretaria Danielle Barros, foram iniciados estudos em setembro de 2023 para desenvolverem editais em conjunto através da Lei Paulo Gustavo e ainda analisarem o retorno econômico e social destes editais.
Na semana passada conhecemos os resultados dos trabalhos, os quais poderão ser utilizados não somente para direcionar próximos editais como também serão úteis para os programas de governos municipais e estaduais do Rio de Janeiro e do país!
https://portal.fgv.br/noticias/estudo-analisa-impacto-lei-paulo-gustavo-estado-rio-janeiro
Constatou-se que para cada R$1,00 investido na cultura há um retorno de R$6,51!
Logo a cultura é um grande negócio como política pública, pois em inúmeros projetos há diversão, arte, educação, turismo tantos outros benefícios e ainda há fomento econômico e desenvolvimento social
“Além da cultura gerar equidade, inclusão, conhecimento e outros, ela tem grande importância econômica”, afirma um dos responsáveis pelo estudo, Ique Lavatori, consultor de projetos e professor da FGV. “[A cultura] gera emprego e renda para a população, além de gerar pagamento de tributos para o governo nas três esferas [municipal, estadual e nacional].”
Ique Lavatori para “ Isto é Dinheiro”
Em 01/07/2024
Entrevistei o consultor da FGV
Ique Lavatori Barbosa Guimarães sobre o desdobramento deste estudo sobre a cultura fluminense.
Ique Lavatório me esclareceu o quanto é estratégico todo projeto aprovado por editais e ou por leis de incentivo adotarem indicadores que viabilizem estudos e análises de cada ação o que irá facilitar na demonstração dos valores materiais e imateriais dos investimentos em Cultura e Economia Criativa.
Por outro lado há inúmeros produtores (as) culturais que necessitam acessar estes recursos e por questões variadas são reprovados (as) o que nos sinalizam o quanto é estratégico conhecermos este público e suas dificuldades para democratizarmos ainda mais o acesso.
Outros pontos que chamam atenção estão relacionados com questões de acessibilidade e sustentabilidade como pré-requisitos a futuros editais.
Os orçamentos voltados para Cultura e Economia deverão ser ampliados e vão exigir profissionais cada vez mais qualificados, com equipes interdisciplinares que viabilizem editais capazes de gerar empregos e renda e ainda que capacitem em escala produtores culturais aptos a integrarem necessidades e oportunidades locais nos seus planos de trabalho.
No resumo a cultura tem grande potencial de desenvolver nosso país e gerar inclusão e renda.
Poucos negócios geram tantos empregos e renda como os investimentos em Cultura.
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