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Peso e nostalgia marcaram a segunda noite do festival Cultura Rock Praia na sexta-feira (13/10). A arena da Avenida João Saldanha, na Barra de Maricá, recebeu bandas que são parte da história do rock brasileiro, como Ira!, Cólera e Plebe Rude, que tem como guitarrista Clemente Tadeu, fundador do grupo punk paulistano Os Inocentes. Também se apresentaram nos palcos Futuro e Gaia as bandas Dead Fish, Pacto Social e Hematoma. O evento é promovido pela Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura, e vai até este domingo (15/10).
A chuva que persistiu em cair não desanimou os fãs veteranos e também os mais novos que foram assistir os shows. A tatuadora e estudante Larissa Amaral, de 16 anos, mora no Parque Nanci e contou que está conhecendo o meio do punk rock. Já pode ver o Cólera na sua cidade e ainda conseguiu tirar uma foto com o guitarrista Fábio Belluci, que circulou pela plateia depois do show.
“Eu estou realizada, com uma sensação inexplicável! O mais legal é saber que foi perto de casa e que dificilmente outra cidade faria um evento tão bom assim”, atestou a jovem.
Para o baixista Val Pinheiro, que tem mais de 40 anos na banda, o público que foi com chuva mesmo merece um show à altura. “Seja com 20 ou com 20 mil pessoas a gente toca, não tem essa, e um festival como esse precisa de todo o prestígio possível. Todo mundo deveria estar aqui participando, e a gente só agradece pela oportunidade”, garantiu Val.
Antes de subir ao palco, a turma da Plebe Rude afirmou estar feliz por tocar no mesmo evento de outras grandes bandas, mas também exaltou a estrutura montada. “É sempre importante apostar no rock nacional, que não está em evidência mas segue vivo. E essa estrutura não deve nada às melhores em que já tocamos”, afirmou Clemente, enquanto o baixista André X se disse impressionado com a cidade. “É bacana encontrar uma cidade bem gerida como esta e com um ‘line-up’ desta qualidade, com grandes bandas”, disse ele.
No palco, o cantor e guitarrista Phillipe Seabra reforçou a fala de André quando tocavam o clássico “Até Quando Esperar”. “A gente sempre toca essa música para chamar a atenção dos governos e melhorar a vida da população. Mas parece que aqui fizeram o dever de casa e a gestão é legal, tem até ônibus de graça para o povo. É disso que a gente fala nessa letra!”, destacou Phellipe, depois de cantar também outros hits como “Minha Renda”, “Proteção”, “Censura” e “A Ida”. Teve ainda um momento para Clemente relembrar o tempos dos Inocentes, tocando o maior sucesso de sua antiga banda, “Pátria Amada”.
A noite foi encerrada com os também veteranos do Ira!, que trouxe mais sucessos históricos como “Gritos na Multidão”, “Dias de Luta”, “Tarde Vazia”, “Eu Quero Sempre Mais”, “Flores em Você”, “Envelheço na Cidade” e “Núcleo Base”, todas cantada em uníssono pelo público mesmo quando a chuva apertou mais para o fim do show.
“Muito bom estar neste festival com uma seleção de bandas de nível como essas, está excelente”, elogiou o vocalista Nazi, ao lado do guitarrista Edgard Scandurra, apontado por muitos como o melhor do Brasil no instrumento. “É legal porque o primeiro show da Plebe Rude, por exemplo, foi abrindo para nós em São Paulo. Muita gente boa principalmente do punk reunida aqui em Maricá”, pontuou ele.
Confira a programação do festival Cultura Rock Praia (em cada palco)
Sábado (14/10)
16h – Vizinhos de Marte (Gaia)
18h – Black Mother (Futuro)
18h45 – Dive (Gaia)
19h30 – Onvecna (Futuro)
20h30 – Lalinha (Gaia)
22h – Djangos (Futuro)
23h30 – Pavilhão 9 (Gaia)
Domingo (15/10)
16h45 – Thunderock (Futuro)
17h30 – Dr. Silvana (Gaia)
19h – Biquini Cavadão (Futuro)
20h30 – Nenhum de Nós (Futuro)
22h30 – Pitty (Gaia)
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