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A operação da Polícia Federal desta quarta-feira (15) que teve como alvos o presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) e seu irmão, o ex-governador e senador Cid Gomes (PDT-CE), causou desconforto entre os membros do alto escalão da corporação. De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, os delegados da PF criticaram a cronologia da ação e avaliam que o caso poderá trazer desgaste à imagem da PF.
“Esse modelo ‘lava-jatista’ de fazer um barulho enorme, desgastar a imagem da pessoa para depois ver se acha alguma prova tem prejudicado a imagem da PF”, disse um delegado da PF que não quis ser identificado. Um dos pontos destacados pelos integrantes da cúpula da corporação, de acordo com a reportagem, é o fato de que “as buscas e apreensões em endereços dos investigados só aconteceram quatro anos depois do processo ser instaurado, o que torna muito difícil que provas relevantes sejam colhidas. O caso foi aberto em 2017”.
A cúpula da PF vetou pedido para realização de entrevista à imprensa que seria realizada no Ceará sobre a operação, de acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, a direção da PF diz temer que haja o uso político da ação com base na interpretação de que a investigação foi direcionada.
"Internamente, delegados afirmam que se trata de um inquérito de 2017, aberto com base em acordos de colaboração fechados pela Procuradoria-Geral da República, que há ainda 'herança' da Lava Jato, no sentido de exageros nas medidas", afirma o jornal.
Os delegados avaliam, ainda, que a operação contra os irmãos Gomes “fará barulho, mas não será efetiva” e reforça a mensagem de que a PF vem sendo aparelhada e utilizada politicamente pelo Planalto contra adversários e opositores de Jair Bolsonaro.
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