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Em uma entrevista explosiva, o Deputado Federal Delegado Caveira (PL-PA) não poupou críticas ao governo atual, ao Judiciário e ao cenário político brasileiro como um todo. Com declarações contundentes, o parlamentar traçou um panorama preocupante para o futuro do país.
Delegado Caveira, conhecido por sua trajetória combativa desde os tempos de vereador, quando denunciou vereadores e prefeito e Governador por corrupção, mantém sua postura de enfrentamento no Congresso Nacional. "Já representamos pelo impeachment do descondenado Lula por quatro vezes, impeachment também do Alexandre de Moraes, e nós não vamos retroagir nem um milímetro, só avançar", afirmou o deputado.
Sobre as recentes votações no Congresso, incluindo a reforma tributária, o parlamentar foi categórico: "90% dos deputados não sabem nem o que votaram porque não tem condição nem sequer de ler. Grande parte são semianalfabetos." Ele criticou a rapidez com que projetos complexos são apresentados e votados, impossibilitando uma análise adequada.
O deputado expressou forte preocupação com o que considera ser uma usurpação de poder por parte do Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF). "De que serve deputados e senadores pôr as leis que nós estudamos e votamos, aprovamos, se o STF rasga, pisa e joga no lixo, igual estão fazendo com a Constituição Federal?", questionou.
Olhando para o futuro, Caveira demonstrou otimismo quanto ao crescimento do PL e da direita nas eleições de 2026, mas fez uma ressalva: "A expectativa, se caso o pai da democracia Alexandre Moraes deixar acontecer, é que deputados e senadores serão recorde aqui pela direita." Ele enfatizou a necessidade de uma renovação no Senado para conter o que chama de "ativismo jurídico" do Judiciário.
O deputado não hesitou em criticar duramente figuras políticas proeminentes, chamando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de "rei da covardia do Congresso Nacional". Ele também fez previsões sombrias para a economia, prevendo que o dólar chegará a R$ 8,00 em breve.
Caveira expressou profunda preocupação com o que vê como uma erosão das liberdades parlamentares. "O artigo 53, que fala sobre as garantias do parlamentar, sobre a imunidade parlamentar, já foi rasgado há tempos," disse, citando casos de deputados sendo indiciados por expressarem suas opiniões.
O deputado, sugeriu que o Brasil está caminhando para se tornar "uma Venezuela". Essa comparação é frequentemente usada para criticar políticas econômicas e sociais associadas a governos de esquerda.
A crítica à atuação do Senado, especialmente ao seu presidente Rodrigo Pacheco, revela uma frustração com o que o deputado considera ser uma falta de ação efetiva do Senado em conter o que ele vê como abusos do Judiciário. O deputado reclama da prisão de um "general honrado" em contraste com a liberdade de políticos condenados como Sergio Cabral.
Sobre o recente escândalo de corrupção no Judiciário em Mato Grosso, o deputado foi enfático: "Raríssimos os juízes hoje que têm alguma credibilidade." Ele criticou o que considera ser um tratamento desigual entre políticos de esquerda e direita pelo sistema judiciário.
Concluindo a entrevista com um tom pessimista, Caveira declarou: "Imagino eu que em breve isso aqui vai se tornar uma ditadura." Ele apontou a "covardia" e "frouxidão" da maioria dos senadores como razões para o que considera ser o naufrágio do Brasil.
A entrevista do Delegado Caveira oferece um vislumbre da visão de um segmento da oposição no Congresso Nacional, revelando profundas divisões e tensões no cenário político brasileiro. Suas declarações contundentes certamente alimentarão debates sobre o equilíbrio entre os poderes e o futuro da democracia no país.
Imagem Robson Talber
Repórter Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista; Editor do Ultima Hora e Jornal da República; Ex-sócio Diretor do Jornal O Fluminense; sócio-majoritário da Tribuna da Imprensa; ex-Secretário Municipal de Receita de Itaperuna/RJ e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI
MTB 31.335/RJ
OAB/RJ 128.043
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