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Apesar do anúncio do Instituto Estadual do Câncer para a Baixada Fluminense, a população da região se questiona se essa iniciativa finalmente sairá do papel. O projeto, que visa ampliar o atendimento a pacientes oncológicos e reduzir a necessidade de locomoção para tratamentos, propõe a instalação de uma unidade exclusiva para diagnóstico e tratamento da doença em Nova Iguaçu, próximo ao recém-inaugurado Rio Imagem Baixada.
O hospital planejado contará com 86 leitos, incluindo 20 unidades de tratamento intensivo (UTI), 20 internados médicos, 26 cadeiras para quimioterapia, além de aparelhos de radioterapia e de imagem para realização de PET Scan. O Instituto Estadual do Câncer da Baixada Fluminense faz parte de uma política estabelecida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) para o enfrentamento da doença.
Embora o projeto seja promissor, a comunidade aguarda com ceticismo a concretização dessa iniciativa. A região já enfrenta dificuldades com as demoras nas inaugurações de obras anunciadas, além da falta de profissionais na área da saúde, o que compromete a qualidade e a agilidade dos serviços oferecidos. A ausência de médicos, enfermeiros e outros especialistas afetam diretamente o atendimento aos pacientes, gerando preocupações quanto à capacidade de o Instituto do Câncer funcionar e atender à demanda crescente.
Além disso, a descentralização do atendimento oncológico na capital tem sido uma estratégia adotada pela SES-RJ, com repasses para as cidades investirem em hospitais especializados e polos regionais. Embora haja intenções de descentralização, é essencial garantir que essas unidades sejam efetivamente construídas e que os recursos sejam alocados de maneira adequada, evitando que se tornem apenas promessas vazias.
Enquanto as obras do Instituto da Baixada estão previstas para começar ainda este ano, uma população espera que a promessa de redução da necessidade de deslocamento para tratamentos de câncer se torne uma realidade concreta. É fundamental que a construção seja concluída dentro do prazo estabelecido, que os profissionais sejam devidamente contratados e capacitados, e que o atendimento oferecido seja de qualidade, priorizando a saúde e o bem-estar dos pacientes.
Além disso, é importante que o público possa manter o compromisso com a descentralização do serviço, apoiando a rede federal e complementando o financiamento do atendimento oncológico no estado. Investimentos consistentes e transparentes são necessários para garantir a adesão a essas iniciativas e proporcionar um alívio real para os pacientes da Baixada Fluminense que enfrentam o desafio do câncer.
A comunidade espera que essa seja uma ação genuína e efetiva, não apenas uma estratégia política para o palanque eleitoral. A saúde dos cidadãos não pode ser tratada como moeda de troca em discursos vazios, e sim como uma prioridade que requer ações concretas e comprometimento por parte das autoridades. Somente assim será possível oferecer um atendimento digno e adequado aos pacientes oncológicos da Baixada Fluminense
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