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A Polícia Federal intimou Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado pelo PL-RJ, a prestar depoimento na próxima quarta-feira, 17 de julho. O interrogatório ocorrerá na superintendência da PF no Rio de Janeiro e faz parte das investigações relacionadas ao esquema denominado 'Abin Paralela', que envolve monitoramento ilegal de autoridades dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
As investigações da PF apuram uma série de crimes, incluindo associação criminosa, interceptação ilegal, invasão de dispositivos eletrônicos, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os agentes descobriram que membros da Abin estavam envolvidos em investigações que visavam Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o senador Flávio Bolsonaro, também do PL-RJ.
A operação clandestina incluía espionagem de Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan, e de três auditores da Receita Federal que estavam investigando supostas irregularidades ligadas a Flávio Bolsonaro, especificamente o esquema de "rachadinha" que ocorreu durante seu mandato como deputado estadual.
Ramagem se manifestou nas redes sociais, negando as acusações e afirmando que o sistema israelense FirstMile, contratado pela Abin, não foi utilizado para monitoramentos ilegais. Ele sustentou que as autoridades mencionadas não foram alvo de espionagem e criticou a divulgação do caso como uma tentativa de manipulação midiática.
Flávio Bolsonaro também se pronunciou, alegando que a divulgação do relatório investigativo visa prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. Ele destacou que não havia relação entre sua defesa legal e as operações da Abin, insinuando que a divulgação tinha motivações eleitorais.
Com o depoimento agendado, a expectativa é que novos desdobramentos sobre o caso 'Abin Paralela' surjam nos próximos dias, à medida que as investigações avançam.
Fonte: Brasil247
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