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O cinema brasileiro atinge um novo patamar, e o mundo se curva diante da força da nossa arte! Ainda Estou Aqui conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional, levando a memória da ditadura militar brasileira, a angústia e o sofrimento velado da família Paiva ao centro da cena global, emocionando plateias ao redor do mundo.
A vitória é também um reconhecimento ao talento e à força de Fernanda Torres, que entregou uma atuação arrebatadora e se tornou a alma do filme. Uma artista gigante, fundamental para a cultura brasileira, Fernanda não apenas brilhou nas telas, mas foi incansável na divulgação da obra, levando nossa história e nossa dor aos festivais mais prestigiados do planeta. O legado artístico de sua mãe, a célebre Fernanda Montenegro, encontra continuidade e potência em sua trajetória, e hoje o Brasil se orgulha e celebra ainda mais as suas conquistas.
Selton Mello, em uma interpretação visceral, dá vida ao sofrimento e à ausência que marcaram a família Paiva. Sua entrega ao papel emociona e nos transporta para a dor daqueles que tiveram seus entes queridos arrancados pela repressão. Fernanda Montenegro, sempre imensa, carrega no olhar e nos gestos a dor de uma esposa que nunca pôde se despedir. Um elenco brilhante, que soube transformar em arte um episódio de brutalidade e injustiça, garantindo que essa história nunca seja esquecida.
Mas Ainda Estou Aqui não é só uma obra-prima do cinema brasileiro – é um tributo à memória e à luta por justiça. Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o filme resgata a história do desaparecimento forçado de seu pai, Rubens Paiva, deputado cassado, sequestrado, torturado e assassinado pela ditadura militar. Marcelo transformou sua dor em resistência e literatura, garantindo que o país nunca esquecesse os crimes cometidos contra aqueles que defenderam a democracia.
No centro dessa história está também Eunice Paiva, um exemplo de coragem, resiliência e força. Após o assassinato do marido, ela enfrentou anos de perseguição, silenciamento e ameaças, mas nunca se curvou. Criou os filhos sozinha, tornou-se uma advogada brilhante e uma defensora incansável dos direitos humanos e dos povos indígenas. Sua luta não foi apenas para sobreviver, mas para fazer justiça. Depois de décadas de enfrentamento, Eunice conquistou a retificação da certidão de óbito de Rubens Paiva, provando que ele não havia simplesmente “desaparecido”, mas sido brutalmente assassinado pelo Estado. Seu nome e sua história jamais serão esquecidos.
E por trás dessa obra-prima, a genialidade de Walter Salles, um dos maiores cineastas do Brasil e do mundo, que transformou dor em poesia e memória em resistência. Sua sensibilidade na direção fez de Ainda Estou Aqui um filme que não apenas denuncia, mas também emociona, choca e nos lembra da importância de nunca esquecermos o passado.
Essa vitória no Oscar não pertence apenas ao cinema, mas a um Brasil que resiste, que se recusa a apagar sua memória e que entende que lembrar é um ato de justiça. O país se emociona, se orgulha e reafirma: a cultura resiste, denuncia e transforma!
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