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Relator da comissão especial da Alerj criada para acompanhar e fiscalizar os desdobramentos da tragédia de Petrópolis, o deputado estadual Marcus Vinícius (PTB) propôs a realização de uma audiência pública na cidade para ouvir os secretários municipais de Obras, Almir Schmidt, e de Assistência Social, Fernando Araújo; além do Diretor do Departamento de Habitação, Mauricio Veiga; e da coordenadora municipal de Direitos Humanos, Karoline Cerqueira. Para dar mais agilidade às discussões e trabalhos do grupo, os deputados que compõem a Comissão também aprovaram a convocação dessas autoridades, haja vista que não compareceram espontaneamente aos convites feitos para darem esclarecimentos à Comissão.
A audiência será realizada em Petrópolis no próximo dia 25, após a Comissão vistoriar também os galpões de apoio de doações, pontos atingidos, obras em andamento, entre outros.
¨Um governo que pauta o diálogo não pode permitir que seus secretários não dialoguem. A primeira coisa que precisamos fazer é cuidar das pessoas que precisam do nosso amparo, não somente financeiro, pois essa tragédia deixou sérias marcas psicológicas na população. Me sinto indignado, pois participei da comissão criada em 2011 para falar de diversas pautas que estamos tratando aqui novamente. Sem buscar culpados, nossa maior missão, agora, é passar da fala para a ação¨, ressaltou o deputado, que também propôs a realização de uma vistoria nas áreas mais afetadas do município para levantar as demandas ainda não atendidas da população.
A segunda audiência pública realizada pela Comissão, nesta terça-feira (12/04), na Alerj, tinha por objetivo discutir as dificuldades de atendimento relatadas pelos moradores para receber o aluguel social e a discrepância entre os benefícios solicitados e os pagos, até agora, pelo município.
Apesar do registro de quase 5 mil cadastros de solicitação de aluguel social pelo estado e pelo município, apenas 817 pessoas receberam o benefício no primeiro lote de pagamento.
Presente na audiência, o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, não soube precisar o número de pessoas atendidas pelo aluguel social e criticou a capacidade de atendimento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município, alegando que herdou a Prefeitura repleta de ¨cabides de emprego¨.
Já a defensora pública, Luciana Almeida, lamentou o número de pessoas atendidas, mesmo após terem se passado dois meses da tragédia, e alertou que a Secretaria Municipal de Assistência Social precisa informar os motivos de indeferimento de pedido de benefício para que a Defensoria oriente melhor os cidadãos nesse sentido.
Além do presidente, Rodrigo Amorim, e da vice-presidente, deputada Mônica Francisco, participaram da audiência os demais membros da Comissão, deputados Marcelo Dino, Alexandre Freitas, Rosane Félix e Samuel Malafaia, e os seguintes representantes de secretarias e da sociedade civil: Secretário estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Júlio Saraiva; Subsecretária de Desenvolvimento Social, Érika Rangel; Presidente da Comissão das Vítimas da Tragédia da Região Serrana, Cláudia Renata Ramos; e a Presidente da União de Lideranças de Petrópolis, Cássia Hammer.
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