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Projeto de comitês de equidade é rejeitado na Alerj após articulação da oposição
Em sessão marcada por intensos debates e clima de confronto, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) rejeitou nesta semana o projeto de lei da deputada Dani Balbi (PCdoB) que autorizava a criação de comitês de equidade, diversidade e inclusão em órgãos públicos estaduais. A votação, realizada através do painel eletrônico após pedido de verificação de quórum pelos deputados Alexandre Knoploch e Renan Jordy, ambos do PL, terminou com 27 votos contrários e 24 favoráveis, em um total de 51 parlamentares votantes.
Após a derrota da proposta, o deputado Renan Jordy utilizou suas redes sociais para celebrar o resultado, classificando-o como "vitória da razão sobre a militância". Em sua manifestação, o parlamentar afirmou que o estado precisa de "responsabilidade, e não de agendas ideológicas travestidas de inclusão", destacando que sua atuação foi pautada pela defesa de "valores, famílias e a verdade". A articulação liderada por Jordy e outros deputados de oposição foi determinante para o arquivamento do projeto.
A sessão, que era a última antes do feriado, foi marcada por momentos de tensão que exigiram até mesmo a suspensão temporária dos trabalhos pela deputada Tia Ju (Republicanos), que presidia os trabalhos. Mesmo após uma modificação no texto original, que alterava a redação de "exigir" para "autorizar" a criação dos comitês pelo Executivo, a bancada governista manteve posição contrária à proposta, inviabilizando sua aprovação.
A autora do projeto, deputada Dani Balbi, reagiu com indignação ao resultado, afirmando em discurso emocionado que "essas pessoas que dizem defender a família brasileira contribuem para a morte e assassinato das pessoas trans". Posteriormente, em tom mais moderado, a parlamentar prometeu continuar a "batalha" pela causa, declarando que as "manobras podem atrasar passos", mas não impedirão o avanço da pauta.
Entre os argumentos contrários ao projeto, o deputado Alexandre Knoploch tentou desvincular sua oposição de questões ideológicas, alegando ausência de previsão orçamentária para a implementação dos comitês. A sessão também enfrentou problemas técnicos, com dificuldades para parlamentares que participavam remotamente registrarem seus votos, o que intensificou ainda mais o clima de tensão no plenário.
O resultado da votação evidencia a polarização na Alerj em torno de temas relacionados à diversidade e inclusão, com a bancada conservadora conseguindo articular maioria suficiente para barrar iniciativas desta natureza, enquanto parlamentares progressistas prometem manter a pressão por pautas identitárias no legislativo fluminense.
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