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O deputado Márcio Gualberto (PL) usou o expediente inicial na tarde da última quarta-feira (12) para criticar a petição encaminhada pelo PSB e pela Defensoria Pública do Estado do Rio ao STF pedindo a suspensão da operação da Polícia Civil que seria realizada na manhã de hoje, na Maré. A petição informa que o policial “possivelmente” morreu assassinado por traficantes durante a operação, termo criticado pelo deputado.
"Eles ainda estão em dúvida? De certa forma, eles estão certos, porque quem puxou o gatilho do fuzil foi também a ADPF, e é por isso que eles estão certos, porque não foram só os traficantes que mataram esse policial, quem colaborou com essa ADPF também puxou aquele gatilho", disparou Gualberto.
A petição também informa que a Defensoria Pública está recebendo informações ainda não formalizadas de que a comunidade está sendo ameaçada pelas forças policiais com toque de recolher e ameaças de vingança pela morte do policial. "Ou seja, está baseado em uma mentira, baseado mais uma vez, em uma ficção. Eles ingressaram com a petição no STF baseados em supostas mensagens de vingança e pediram o fim da operação na Maré. Isso não pode ser coisa séria”, reclamou o parlamentar.
E completou: “O que está por trás disso? É a pergunta que nós fazemos. A quem interessa que não tenhamos operações policiais? Quais são as suas intenções principais? Proteger os criminosos e inviabilizar as operações policiais do estado do Rio de Janeiro? É isso que eles querem? Proteger os seus bandidos de estimação, que não são poucos, e inviabilizar as operações policiais".
Na sequência, outros parlamentares também se posicionaram contrários à petição. Um deles foi o presidente da Comissão de Constituição de Justiça da casa, deputado Rodrigo Amorim, que considerou inadequado o órgão público ter assinado o documento ao lado do partido político.
“Qualquer órgão de Estado que se pressupõe, ainda mais como operador da justiça, deve ter pelo menos a decência, o bom gesto, de não assinar o mesmo documento, o mesmo papel timbrado da Defensoria Pública ao lado de um partido político. Se o fizesse em documento separado, já seria grave, mas tendo a falta de bom senso de assinar lado a lado, é um tapa na cara do cidadão do Rio de Janeiro, é uma falta de respeito com a justiça do estado", disse Amorim.
Ao final do discurso, o deputado solicitou ao presidente da sessão, Rodrigo Bacellar (União Brasil), que inclua na pauta da sessão da próxima terça-feira (18) a aprovação de uma convocação à Defensora Pública Geral do estado, Patricia Cardoso, para que compareça à Assembleia e dê explicações sobre a petição.
“Ela tem a obrigação, o dever profissional, de explicar ao povo do Rio de Janeiro o que motivou a DP a assinar um documento conjunto com um partido, o que eu considero um tapa na cara da segurança pública de boa parte da população da cidade", concluiu.
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