Desordem urbana: pedestres disputam espaço nas calçadas com camelôs no Centro do Rio

Popularmente conhecida como Buraco do Lume, a Praça Mário Lago, antigo reduto da esquerda no Centro do Rio, já não é mais a mesma. Embora a militância ainda resista no local, o que não para de crescer é o número de camelôs, boa parte em situação irregular. Pedestres disputam espaço na calçada com barracas, cadeiras, mercadorias e fios, além de moradores em situação de rua.

Por falta de espaço nas calçadas, muitas vezes as pessoas são obrigadas a trafegar pelas ruas, em meio ao risco de serem atropeladas por algum carro. Nas ruas próximas, como a São José, por exemplo, a situação não é diferente. As calçadas também foram tomadas por ambulantes que vendem todo tipo de mercadorias e bugigangas, enquanto pedestres caminham pelas ruas em meio aos veículos. Se tem fiscalização da prefeitura na região? Ninguém sabe, ninguém viu.

E não são apenas os pedestres que reclamam da desordem. Comerciantes lamentam a concorrência desleal dos ambulantes, que não pagam impostos mas oferecem produtos similares, muitas vezes de qualidade duvidosa. As barracas também escondem as lojas da visão de possíveis clientes, que acabam passando apressados pelo meio da rua, preocupados com os veículos.

O problema não se restringe à Praça Mário Lago e adjacências. Boa parte da região central da cidade enfrenta a desordem urbana. Na Lapa e no Bairro de Fátima, camelôs também ocuparam as ruas. A situação segundo quem mora ou passa pela região se agravou nesses locais depois que o prefeito Eduardo Paes retirou vários ambulantes da Rua Uruguaiana, provocando uma migração generalizada para outros pontos do bairro. Nesses locais, quando também se pergunta sobre a fiscalização, a resposta é a mesma: “ninguém sabe, ninguém viu”.

Com informações Coisas de política