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No grande circo político, onde líderes carismáticos prometem mundos e fundos para seus seguidores, Donald Trump e Jair Bolsonaro parecem dividir o mesmo manual. Enquanto Trump lançou sua própria criptomoeda, a TRUMP, transformando o mercado cripto em palco para seu ego, Bolsonaro também fez história ao vender promessas como se fossem NFTs (não fungíveis, mas completamente descartáveis).
De "não tem corrupção no meu governo" a "vou libertar o Brasil do comunismo", Bolsonaro construiu um legado de megalomanias que seus seguidores ainda tentam defender como dogmas. Mas, assim como as memecoins de Trump, essas promessas são tão voláteis quanto um bitcoin no auge de sua bolha.
O BolsonaroCoin que nunca veio
Se Trump tem o TRUMP, por que Bolsonaro não lançou sua própria criptomoeda? Talvez porque ele preferiu apostar em narrativas ainda mais curiosas: do tratamento precoce à promessa de "armar o cidadão de bem". Entre piadas sobre cloroquina e memes envolvendo "o mito", o ex-presidente brasileiro soube como ninguém monetizar sua imagem. Não com moedas digitais, mas com um exército de fiéis dispostos a seguir qualquer ideia que ele lançasse.
E não faltaram "projetos mirabolantes" dignos de uma criptomoeda nacional. O discurso sobre transformar o Brasil em um paraíso liberal, com menos impostos e mais liberdade econômica, foi embalado como uma promessa de "riqueza para todos". Mas, no fim, parecia mais um meme econômico do que um plano real.
O manual do megalomaníaco
Bolsonaro e Trump compartilham algo em comum: a habilidade de transformar suas ideias em religião. Enquanto o ex-presidente (Atual) dos EUA vende agora uma moeda que promete “celebrar a vitória”, Bolsonaro prometeu um Brasil livre de "mamatas", mas entregou aos seguidores algo mais próximo de uma pirâmide de discursos vazios.
Quando não era “a vacina transforma em jacaré”, era “vamos acabar com o PT para salvar o Brasil”. A estratégia era clara: gerar caos, alimentar a base de apoio e, claro, manter a narrativa de herói incompreendido.
O povo que compra a promessa
No Brasil, assim como nos EUA, os seguidores desses líderes não compram apenas ideias. Compram identidade. É a promessa de fazer parte de algo maior – seja uma comunidade cripto ou um movimento “patriótico”. “O mito é infalível” é o equivalente brasileiro ao “Make America Great Again”.
Mas até quando os seguidores vão pagar essa conta? Assim como as criptomoedas de Trump, as promessas de Bolsonaro mostram sinais de instabilidade. Na prática, as "soluções milagrosas" não se sustentam. E quando a realidade bate à porta, quem sofre é o povo, que acreditou no sonho vendido por líderes que nunca pagam o preço de suas falhas.
Do blockchain ao palanque
No fim das contas, seja com moedas digitais ou narrativas messiânicas, o jogo é sempre o mesmo: líderes megalomaníacos transformam ideologias em negócios, usando o povo como escudo e trampolim. Trump vende sua marca no blockchain, Bolsonaro vendeu um Brasil ideal que nunca chegou. E os dois, de forma irônica, são exemplos perfeitos de como a política virou entretenimento – ou, como dizem os críticos, uma verdadeira casa de apostas.
A pergunta que fica é: será que o povo, um dia, vai parar de investir nesses projetos? Porque, até agora, parece que a única coisa que realmente sobe – além das promessas – é a conta que o país tem que pagar depois.
Por: Arinos Monge.
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