Do pleito à explosão: A trajetória fatal de um ex-candidato bolsonarista na Praça dos Três Poderes

Ex-candidato do PL morre em explosão próxima ao STF

Do pleito à explosão: A trajetória fatal de um ex-candidato bolsonarista na Praça dos Três Poderes

Francisco Wanderley Luiz, dono do carro que explodiu em frente ao STF, foi candidato a vereador em Santa Catarina

Uma série de explosões abalou o coração político do Brasil na noite desta quarta-feira (13/11), resultando na morte de um homem e lançando a capital federal em um estado de alerta máximo. As autoridades confirmaram que o proprietário do veículo envolvido no incidente, Francisco Wanderley Luiz, foi a vítima fatal das explosões que ocorreram próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Câmara dos Deputados.

Francisco Wanderley Luiz, que concorreu a uma vaga de vereador pelo Partido Liberal (PL) em Rio do Sul, Santa Catarina, em 2020, foi identificado como o dono do carro que explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. A confirmação veio do delegado-geral de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, e foi corroborada pela Polícia Civil do Distrito Federal.

As explosões, que ocorreram por volta das 19h30, em um intervalo de aproximadamente 20 segundos, foram descritas por testemunhas como "muito fortes". Uma testemunha-chave, Layana Costa, funcionária do TCU, relatou ter visto um homem passar segurando uma sacola e fazendo um gesto de "joinha" momentos antes da primeira explosão.

"Quando olhei para trás, vi o homem jogar algo perto da estátua da Justiça e logo em seguida ele caiu", disse Costa em depoimento à imprensa. "Os seguranças ouviram e, quando estavam se aproximando, ele lançou outro objeto, fazendo com que recuassem."

Investigações preliminares revelaram que o porta-malas do veículo estava carregado com fogos de artifício e tijolos, levantando questões sobre a natureza e a intenção por trás do incidente. As autoridades de segurança, incluindo o Corpo de Bombeiros e o esquadrão antibombas, foram rapidamente mobilizadas para a área.

O impacto das explosões foi sentido em todo o complexo governamental. A sessão plenária na Câmara dos Deputados foi suspensa imediatamente após a confirmação da morte, enquanto o Senado manteve suas atividades até pelo menos às 21h. No STF, onde a sessão já havia terminado, ministros e funcionários foram evacuados por precaução.

"Ao final da sessão do STF desta quarta-feira, dois fortes estrondos foram ouvidos e os ministros foram retirados do prédio em segurança", informou o Supremo em nota oficial. "Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela."

O secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, anunciou o fechamento imediato da Esplanada dos Ministérios. "Nesse momento, estamos tentando entender o que aconteceu e estamos enviando um efetivo muito grande do batalhão especial da PMDF para fechar parte da Esplanada", declarou Avelar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia deixado o Palácio do Planalto por volta das 17h30, não estava no local no momento das explosões. No entanto, a segurança foi reforçada em todos os edifícios governamentais da área.

Este incidente levanta sérias preocupações sobre a segurança das instituições democráticas brasileiras e a escalada da violência política no país. As investigações estão em andamento para determinar os motivos por trás deste ato e identificar possíveis conexões com grupos extremistas.

À medida que a nação processa o choque deste ataque sem precedentes, surgem questões fundamentais sobre a polarização política e a necessidade de medidas mais rigorosas para proteger os centros de poder do país.

As autoridades apelam à calma da população, assegurando que todos os recursos estão sendo mobilizados para garantir a segurança pública e esclarecer completamente as circunstâncias deste trágico evento.

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Por Ultima Hora em 14/11/2024
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