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Deputado federal transforma revés eleitoral em oportunidade para fortalecer base no interior do Rio
No xadrez político do Rio de Janeiro, às vezes um peão pode se mover como uma rainha. É o que estamos presenciando com o deputado federal Otoni de Paula, que, impedido de concorrer na capital pelos caciques do seu partido 0MDB, transformou um aparente revés em uma jogada magistral pelo interior fluminense.
Em uma demonstração de pragmatismo político que faria Maquiavel sorrir, Otoni de Paula embarcou em uma caravana pelo Noroeste Fluminense, semeando apoios e colhendo alianças com a voracidade de um Pac-Man eleitoral.
Sua estratégia? Uma verdadeira "salada de partidos", como se estivesse em um buffet político onde todas as opções são válidas. Do União Brasil ao Partido Verde - 43, passando pelo Republicanos - 10, União - 44, Mobiliza -33 e chegando ao exótico Agir - 46, Otoni não discrimina siglas quando o assunto é ampliar sua base. É como se ele tivesse adotado o lema "unidos venceremos, divididos seremos preteridos".
O ponto alto dessa turnê política foi o comício em apoio à reeleição de Alfredão, do União Brasil, em Itaperuna. Ali, Otoni deu um show digno de um artista consagrado, fazendo a plateia rir e chorar com a mesma facilidade com que muda de aliados partidários. Como diria Nelson Rodrigues, "toda unanimidade é burra", e Otoni parece determinado a provar que a diversidade de alianças pode ser o caminho para o sucesso.
Foto: Em Itaperuna onde Otoni declara apoio a reeleição de Alfredão, opositor do MDB na cidade
Ao evocar a memória de seu pai e sua conexão com o deputado federal Murillo Gouvea, Otoni não apenas toca os corações dos eleitores, mas também reforça laços políticos que transcendem gerações. É como se ele estivesse dizendo: "Estou aqui não apenas como político, mas como herdeiro de uma tradição".
Em um cenário político muitas vezes marcado pela rigidez ideológica, Otoni de Paula surge como um camaleão político, adaptando-se a diferentes ambientes com uma facilidade impressionante. Será esta a nova face da política brasileira? Ou estamos diante de um caso isolado de habilidade política ímpar?
Uma coisa é certa: enquanto muitos políticos se contentam em jogar damas, Otoni de Paula está jogando xadrez tridimensional. E, como bem observou Millôr Fernandes, "na política, o que parece é; o que não parece também pode ser". Resta-nos aguardar para ver se essa estratégia ousada renderá frutos em 2026 ou se será apenas mais um capítulo na sempre surpreendente novela da política brasileira.
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