Donald Trump reforça sua agenda em discurso de posse

Donald Trump reforça sua agenda em discurso de posse

Por Carlos Arouck 

Em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez, inaugurando um novo mandato que promete aprofundar suas políticas soberanistas. Em um discurso de posse discutido nas mídias e círculos políticos, Trump delineou uma agenda repleta de promessas de transformação econômica, endurecimento nas políticas de imigração e reafirmação do slogan “América em primeiro lugar”.

Transmitido para milhões de espectadores ao redor do mundo, o discurso enfatizou o que Trump chamou de “revolução do senso comum”. Ele prometeu restaurar a grandeza dos EUA por meio da reindustrialização e de políticas baseadas na meritocracia. “Vamos unificar nossa nação, mas sempre colocando os interesses americanos em primeiro lugar”, declarou, em um apelo direto a sua base eleitoral.

Entre os principais pontos de seu discurso, destacou-se a promessa de fortalecer as fronteiras e intensificar o combate à imigração ilegal. Trump reafirmou seu compromisso com a construção de barreiras físicas e o endurecimento de políticas migratórias já implementadas em seu primeiro mandato. No entanto, críticos alertam que essa retórica, embora popular entre seus apoiadores, pode aprofundar as divisões internas e impactar negativamente comunidades de imigrantes.

Na economia, Trump apresentou planos ambiciosos, como a criação de empregos e a expansão do setor energético. Ele prometeu investir em energia nuclear, reduzir a dependência de fontes externas e reverter políticas de diversidade e equidade, adotando uma abordagem focada na meritocracia. “Precisamos de uma economia que premie o trabalho duro, a inovação e a produção”, afirmou, em uma crítica direta à administração anterior.

No cenário internacional, Trump demonstrou uma postura assertiva, prometendo pôr fim à guerra na Ucrânia e estabilizar o Oriente Médio. Ele acusou o governo de Joe Biden de “deixar a América mais vulnerável a conflitos globais” e assegurou que sua administração evitará uma possível terceira guerra mundial, embora não tenha fornecido detalhes concretos sobre como alcançará esses objetivos.

O discurso gerou reações intensas e polarizadas. Entre seus apoiadores, foi recebido como uma reafirmação de liderança firme e como promessa de recuperação econômica e social. Por outro lado, críticos destacaram o tom autoritário e os riscos de um nacionalismo exacerbado. “É um discurso que reflete divisão, não unidade”, afirmou um analista político em entrevista à NBC.

Comparações com seu discurso de posse de 2017 foram inevitáveis. Observadores apontaram semelhanças no tom populista e nacionalista, mas destacaram um foco mais pronunciado em políticas internas e um afastamento da retórica de outsider que marcou sua primeira eleição.

Trump assume o poder em um cenário político que permanece como um dos mais polarizados da história americana. Seu discurso de posse em 2025 reafirma um compromisso com mudanças radicais, mas também sugere que os próximos quatro anos podem ser marcados por novos desafios à unidade nacional.

Por Ultima Hora em 21/01/2025
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