E afinal, o bloco Sul-Sudeste vai vingar?

E afinal, o bloco Sul-Sudeste vai vingar?

 

Tiro no pé 

Berço de personalidades da política brasileira e reduto da velha política do café com leite, alguns filhos ilustres de Minas Gerais fizeram questão de vir a público repudiar o pensamento concretizado em discurso do governador daquele Estado, Romeu Zema (Novo), e afirmar que o projeto de criar um bloco Sul-Sudeste em detrimento dos demais Estados do país e potencializar a rixa entre esquerda e direita não representa o pensamento coletivo e nem o Estado mineiro.

Egocentrismo

Zema, em entrevista neste final de semana, defendeu um bloco forte com os sete Estados das duas regiões para contrapor o resto do país, alegando poderio econômico da região e influência política. O suficiente para uma onda em massa de críticas e repúdio à sua fala, de políticos e autoridades das regiões Norte m, Nordeste, Centro-Oeste e até mesmo de seu Estado. O único que veio à público concordar com essa proposta foi o governador Eduardo Leite, do PSDB do Rio Grande do Sul.

Discriminação, não!

Ao ver a avalanche de críticas, Zema foi à suas redes sociais afirmar que foi mal interpretado. Mas a bomba já tinha estourado. O presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD), que representa Minas Gerais, disse que Minas não pratica a "cultura da exclusão". Aécio Neves, neto do ex-presidente Tancredo Neves, disse que a matéria-prima da federação é a solidariedade e jamais discriminando regiões. O ministro da Justiça e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, classificou de "extrema-direita" e citou o ex-deputado federal Ulysses Guimarães na célebre frase: "Traidor da Constituição é traidor da Pátria".

 Pedidos 

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), ainda nem começou os trabalhos de fato, mas já tá com uma agenda de reuniões com políticos e entidades que querem emplacar propostas dentro do novo código tributário. É o caso da bancada do Agro, que realiza um café da manhã nesta terça-feira, 8, com o senador para entregar-lhe solicitações do segmento ao texto da reforma. À tarde, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, será a vez da Frente Nacional de Prefeitos apresentar seus pleitos. Em tempo: Braga será o entrevistado do programador Roda Viva, da TV Cultura na noite de hoje.

 Prestígio

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB-PA), conseguiu um feito inédito no Brasil: atrair para seu Estado uma espécie de "sede provisória" do governo federal por seis dias. Por conta dos Diálogos Amazônicos e da Cúpula da, eventos que começaram na sexta-feira passada, 4, e qua se encerram depois de amanhã, 9, o presidente Lula e quase a metade dos ministros cumprem agenda na capital paraense, além do trânsito de 15 chefes de Estados da América do Sul, Caribe, Ásia, África e Europa.

Não é bem assim!

Na semana passada, ao falar da pauta econômica do Parlamento, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que o novo arcabouço fiscal, que agora está na Câmara dos Deputados, deve passar por "singela revisão". Mas, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), já deu o recado de que deverá ter, sim, modificações no texto aprovado no Senado. E estimou que votação em plenário aconteça até o fim deste longo mês de agosto.

 Censo inédito 

O Estado do Amazonas concentra 28,98% da população indígena do país de um total de 1.693.535 indígenas revelado pelo Censo 2022 divulgado nesta segunda-feira, 7. Também no Amazonas estão as cidades que mais têm povos indígenas do país, liderados por Manaus, com 71,7 mil indígenas.

Reflexão

Marco no combate à violência doméstica e na defesa dos direitos das mulheres no Brasil, a Lei Maria da Penha completa, hoje, 17 anos de sua criação. Mais do que comemorar, a legislação precisa ser amplamente difundida, alardeada nos quatro cantos do país, respeitada e concretizada pelo sistema judiciário. Dados oficiais mostram que no ano passado, mais de 18 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência no país.

Depoimento

Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres é esperado para depor nesta terça-feira, 8, na CPI mista dos Atos Antidemocráticos, no Senado. Ele ficou preso por quatro meses sob a acusação de ter facilitado os ataques golpistas de 8 de janeiro.

 Relatório 

Para cumprir o que preconiza a lei que deu autonomia ao Banco Central, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, estará na próxima quinta, 10, no Senado, apresentando o balanço do semestre passado, em sessão especial. O ato acontece uma semana depois de o BC recuar e aprovar queda da taxa básica de juros 0.50 ponto percentual.

Por Coluna Valéria Costa em 07/08/2023
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