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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) optou por permanecer nos Estados Unidos e solicitar licença de seu mandato na Câmara dos Deputados por quatro meses. A decisão foi divulgada pelo parlamentar nesta terça-feira (19), contrariando expectativas de seu retorno ao Brasil.
Em comunicado, Eduardo afirmou que a medida tem como objetivo dedicar-se à defesa de brasileiros que, segundo ele, tiveram seus direitos violados. "Da mesma forma que assumi o mandato parlamentar para representar minha nação, eu abdico temporariamente dele para seguir representando esses irmãos de pátria. Irei me licenciar, sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos", declarou.
A permanência do deputado nos EUA ocorre em meio a uma ação movida por parlamentares do PT no Supremo Tribunal Federal (STF), que solicitaram a apreensão de seu passaporte. A legenda acusa Eduardo de tentar articular, a partir do exterior, ataques ao Judiciário brasileiro, o que configuraria um atentado contra a soberania nacional. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, encaminhou a ação para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não se manifestou dentro do prazo estipulado.
A decisão do parlamentar pegou aliados de surpresa. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), havia confirmado que Eduardo retornaria ao Brasil para assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden). No entanto, um dia depois, afirmou que "tudo mudou durante a madrugada".
Com a licença do deputado, o PL precisará definir uma nova estratégia para a Creden. O partido articulava a nomeação de Eduardo como uma resposta à ação movida pelo PT. Agora, a sigla deverá indicar outro nome para ocupar o cargo.
Além disso, a ausência do parlamentar também foi notada na manifestação realizada no último domingo (16), no Rio de Janeiro, em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O evento foi liderado por Jair Bolsonaro, que reuniu apoiadores para pressionar pelo perdão judicial aos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes.
Fonte: Brasil247
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