Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
O Trem da Discórdia: Como a EF-118 Pode Sabotar o Rio de Janeiro e levar a grana para a vale no Espírito Santo
Meus queridos, hoje vamos mergulhar em uma história que está agitando os bastidores do poder e da indústria no Sudeste brasileiro. Imaginem só: uma ferrovia que promete conectar portos importantes, mas que na verdade pode estar desconectando um estado inteiro de seu potencial econômico!
A Estrada de Ferro 118, ou EF-118 como é conhecida, está no centro de uma polêmica que envolve interesses bilionários, jogos de poder e o futuro de milhões de fluminenses. De um lado, temos a promessa de integração e desenvolvimento. Do outro, o temor de que o Rio de Janeiro fique à margem desse progresso sobre trilhos.
O engenheiro Wagner Victer, uma voz respeitada no setor, não poupa palavras ao criticar o projeto atual: "Ligar o Porto do Açu com o Espírito Santo é um tiro no pé da economia do Norte Fluminense". Ele defende uma alternativa que beneficiaria mais cidades do Rio, conectando o Porto do Açu ao Porto de Sepetiba, em Itaguaí.
Mas por que essa discussão é tão importante para você, meu caro leitor? Porque estamos falando do seu emprego, da sua cidade, do futuro dos seus filhos. A forma como essa ferrovia for construída pode determinar se veremos um boom de desenvolvimento ou se assistiremos a mais uma oportunidade perdida para o Rio de Janeiro.
E não se engane: há gigantes por trás dessa disputa. A Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, parece ser a grande beneficiária do projeto atual. Mas a que custo para o povo fluminense?
Enquanto isso, a Prumo Logística, controladora do Porto do Açu, prepara estudos para apresentar ao governo federal, na esperança de acelerar o projeto. Mas será que esses estudos contemplam os interesses de todos os envolvidos ou apenas de alguns poucos privilegiados?
Meus amados, essa é uma história que ainda está sendo escrita. E você, cidadão do Rio de Janeiro, tem um papel fundamental nela. Fique atento, questione, participe do debate. Porque no final das contas, são os seus interesses e o futuro do seu estado que estão em jogo nessa batalha ferroviária.
Saiba Mais, Leia Ainda: Carlos Santana vai para Brasília defender inclusão dos policiais ferroviários no Sistema Único de Segurança Nacional e Melhorias no Transporte sobre Trilhos
Malha ferroviária EUA e brasileira
Comparar a malha ferroviária EUA e a malha ferroviária brasileira é bem simples. Em números, a disparidade de extensão das linhas dos dois países é gigantesca. Os Estados Unidos possuem mais de 260 mil km de linhas a mais do que o Brasil. Mesmo com a extensão territorial e populacional de ambas as nações sendo semelhantes, os Estados Unidos investem um valor muito superior ao investido no território brasileiro.
O Brasil é composto por 26 estados mais o Distrito Federal, enquanto o país Norte Americano é formado por 50 estados mais o seu distrito federal. Apesar de o território brasileiro ser dividido em menos estados, a malha ferroviária nacional alcança muito menos locais do que em comparação à malha ferroviária EUA. Você vai poder ver no mapa, a seguir, a diferença do alcance das malhas ferroviárias nos dois países.
Por fim, a última comparação que podemos fazer em relação aos modos de transporte dos países é que, a cada 100 kg de carregamentos movimentados no Brasil, apenas 15kg passam pelas linhas ferroviárias, ao passo que nos Estados Unidos, 43% das cargas são movimentadas nas vias da malha ferroviária EUA.
Conclusão
Apesar dos novos investimentos feitos nas linhas ferroviárias brasileiras, pudemos perceber que, na comparação com os Estados Unidos, o Brasil ainda fica muito abaixo, principalmente na quilometragem das vias férreas. O Brasil ainda carece de aprimoramento e da criação de novas vias para abastecer cada vez mais estados e portos brasileiros, pontos que estão sendo pesquisados e planejados, tanto pelo Governo Federal como pela iniciativa privada.
Por Ralph Lichotti
#EF118 #RioDeJaneiro #PortoDoAçu #Vale #Prumo #DesenvolvimentoEconômico #Ferrovias #WagnerVicter #Firjan #MeioAmbiente #Infraestrutura #LogísticaBrasileira
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!