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Como a conjuntura nacional esta semana foi morna, vamos tratar de assuntos internacionais que foram e serão objeto de atenção nos próximos dias: as eleições presidenciais na Venezuela e a desistência de Joe Biden, com a assunção de Kamala Harris como candidata do Partido Democrata.
As eleições presidenciais na Venezuela, que ocorrem neste domingo, têm sido um ponto de grande tensão política tanto dentro do país quanto fora, especialmente com o Brasil. O atual presidente, Nicolás Maduro, busca seu terceiro mandato consecutivo, enfrentando o candidato da oposição, Edmundo González, em um cenário marcado por acusações de repressão e manipulação eleitoral.
A campanha tem sido caracterizada por uma forte polarização. Nicolás Maduro, que assumiu a presidência após a morte de Hugo Chávez em 2013, enfrenta uma oposição cada vez mais organizada e determinada a desafiar seu governo. A principal candidata da oposição, María Corina Machado, foi impedida de concorrer devido a uma medida de inabilitação imposta pela Controladoria-Geral da República, o que levou à candidatura de Edmundo González.
Maduro, que busca a reeleição, elevou o tom contra o Brasil, questionando nosso processo eleitoral. Ele afirmou também que uma vitória da oposição resultaria em um "banho de sangue". Essa declaração gerou preocupação e críticas, especialmente porque a comunidade internacional já expressava desconfiança sobre a transparência e a lisura do processo eleitoral venezuelano. Maduro também pediu que nenhum país vizinho interfira nos assuntos internos da Venezuela.
Por outro lado, Lula expressou seu espanto com as declarações de Maduro, destacando que a resposta às eleições deve ser através do voto e não da violência. Em uma entrevista, Lula afirmou que “o banho tem que ser de voto” e que Maduro precisa aprender a respeitar o resultado das urnas.
Essas eleições são cruciais para o futuro da Venezuela, um país que enfrenta uma crise econômica e humanitária profunda. A oposição, representada por Edmundo González, tem uma chance significativa de vitória, com pesquisas apontando sua liderança com cerca de 45 pontos de vantagem. Isso sugere que o chavismo está mais próximo de perder o poder do que nunca em 25 anos.
A crise econômica e a união da oposição contribuíram para esse apoio esmagador à mudança. No entanto, a possibilidade de fraude eleitoral e repressão política continua sendo uma preocupação real para todos os democratas.
Troca de Biden por Kamala Harris: Trump que se cuide
Após a renúncia de Joe Biden, o Partido Democrata deve substituí-lo pela vice-presidente Kamala Harris. A administração Biden enfrentou desafios significativos, incluindo questões econômicas, crises internacionais e uma aprovação pública variável. A troca de Biden por Harris é uma tentativa de revitalizar a campanha e responder a preocupações sobre a eficácia, principalmente após o primeiro debate, em que ele se saiu muito mal.
Kamala Harris, como vice-presidente, tem experiência significativa e uma rede política própria. Ela foi senadora e procuradora-geral da Califórnia, o que lhe confere um perfil robusto para a presidência.
Harris pode trazer uma perspectiva diferente e uma abordagem nova para as questões em debate na campanha. Ela já está ultrapassando Donald Trump nas pesquisas, o que representa um desenvolvimento significativo na dinâmica das eleições presidenciais de 2024. Para Donald Trump, a perda de liderança nas pesquisas pode indicar uma erosão do seu apoio ou dificuldades em engajar os eleitores. Isso pode resultar em uma reavaliação de suas estratégias de campanha e possíveis ajustes na abordagem para reconquistar o apoio perdido.
O fato de Kamala Harris ultrapassar Donald Trump nas pesquisas sugere uma mudança significativa no cenário eleitoral e destaca a importância de como a liderança e a imagem pública influenciam a dinâmica das campanhas. A reação de ambos os lados – a adaptação da estratégia de Harris para manter sua vantagem e a resposta de Trump para recuperar seu apoio – será crucial para determinar o resultado final das eleições de 2024.
Em resumo, tanto na Venezuela quanto nos EUA, as eleições são momentos cruciais para a democracia e o futuro dos países e do mundo.
Até a próxima.
Filinto Branco - Colunista Politico
Foto redes Sociais
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