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Ao participar nesta quinta-feira (10/2) da comemoração de 42 anos do PT, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez discurso de candidato à Presidência da República e enfatizou que o partido “nasceu para combater a desigualdade, a inflação, o desemprego, o atraso econômico e a subserviência a governos estrangeiros” e que, por isso, precisa voltar a governar o país.
“O pesadelo está perto do fim. É hora de devolvermos ao povo brasileiro a capacidade de sonhar. E mostrar que esses sonhos podem transformar a realidade outra vez. O PT precisa governar de novo, para provar que a classe trabalhadora sabe cuidar desse país melhor do que ninguém”, disse Lula, dando o tom do que deverá ser a campanha neste ano.
Lula apontou o que considera os principais problemas brasileiros e ressaltou que o partido nasceu com o objetivo de combatê-los.
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“Infelizmente, o PT chega aos 42 anos num momento especialmente triste da história do Brasil, que nega todas as conquistas que realizamos ao longo dessas quatro décadas de luta. Fundamos o PT para combater as desigualdades, a concentração de renda, a fome, a inflação, o desemprego, o atraso econômico, a subserviência do Brasil aos interesses estrangeiros. Combatemos, e vencemos, tanto na oposição quanto no governo”, disse o líder petista.
O ex-presidente procurou desmentir notícias de divergências entre ele e a ex-presidente Dilma Rousseff e reforçou a confiança na aliada. “Os irresponsáveis que quebraram esse país tentam jogar nas costas dela e nas costas do PT a quebradeira do Brasil”, destacou.
“Eu queria te falar que nós do PT, por mais que alguém possa ter divergência com você – eu admito que alguém do PT possa fazer críticas a você -, mas nós do PT não podermos admitir que nenhum conservador e que ninguém que representa a elite atrasada que não defende a soberania, que não tem orgulho desse país, possa falar mal de você”, disse, dirigindo-se à ex-presidente.
Choro
Em vários momento do discurso, Lula se emocionou, principalmente ao falar de integrantes da legenda que já morreram. Ele chorou ao falar do ex-governador de Sergipe, Marcelo Deda, que morreu vítima de um câncer. “Deda era um filho para mim”, disse.
Lula buscou um discurso sentimental falando de “amor” e alertando para o “ódio” contra o partido. “Levamos 22 anos para chegar ao governo. E em apenas 13 anos de governo, conseguimos o que nenhum outro partido, em qualquer momento da história, jamais foi capaz de realizar”, destacou.
Promessas de campanha
O presidente citou vários assuntos que devem permear seus discursos durante a campanha. “Para que nosso povo volte a fazer pelo menos três refeições por dia, ter educação e saúde de qualidade, emprego com salário digno e carteira assinada”.
“Para que o salário mínimo volte a ser reajustado acima da inflação. A gasolina, o diesel, o gás de cozinha, a energia elétrica, a cerveja gelada e o churrasco do fim de semana caibam de novo no bolso dos brasileiros. E o filho do trabalhador volte a ter a oportunidade de se tornar doutor”, emendou.
Ao falar da Petrobras e da Eletrobras, Lula apontou que são empresas que precisam voltar a ser “patrimônio do povo brasileiro”.
Sobre a questão ambiental, o petista citou a fala do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que sugeriu, em uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, aproveitar a pandemia da Covid-19 para “passar a boiada” de leis que afrouxavam regras ambientais.
“Boiada nenhuma”
O meio ambiente precisa ser cuidado com todo o carinho. Boiada nenhuma vai passar por cima do que pertence a todos nós, e não à elite irresponsável desse país”, enfatizou Lula.
“O Brasil irá voltar a ser respeitado internacionalmente e o povo brasileiro voltará a ser feliz e a ter orgulho do seu país. Nós fomos capazes de fazer tudo isso em apenas 13 anos e vamos fazer de novo, agora com ainda mais experiência e mais desejo de mudança. Com mais espírito de luta, e muito amor no coração”, disse o petista.
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