Embate entre direita e esquerda e críticas a Eduardo Paes marcam debate de VEJA no Rio

Rodrigo Amorim e Alexandre Ramagem evitaram ataques entre si, enquanto Marcelo Queiroz se colocou como centrista; Tarcísio Motta associou a imagem do candidato do PL a nomes como Crivella e Eduardo Cunha

Embate entre direita e esquerda e críticas a Eduardo Paes marcam debate de VEJA no Rio

O debate entre os candidatos à Prefeitura de Rio de Janeiro realizado nesta quinta-feira (12) pela Veja foi marcado por ataques mútuos entre candidatos da direita e da esquerda, e pelas críticas ao atual prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD). Foram cinco blocos de perguntas e respostas sobre temas variados como segurança, meio ambiente e educação.

Participaram do debate os deputados federais Alexandre Ramagem (PL), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP) e o deputado estadual Rodrigo Amorim (União), com mediação de Ricardo Ferraz, editor do podcast Os Três Poderes (de VEJA). Paes foi convidado, mas optou por não participar. O debate foi o quinto de uma série promovida pela revista VEJA em parceria com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), o instituto Paraná Pesquisas e o escritório Bonini Guedes Advocacia.

Com trocas de farpa sobre apadrinhamentos políticos, os candidatos também aproveitaram o debate para questionar a atuação de Eduardo Paes na prefeitura. Ramagem aproveitou sua fala de início para acusar o prefeito de integrar a “máfia do transporte” e afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o acompanha.

Amorim e Queiroz também fizeram dobradinha para atacar Paes. Os dois usaram seu tempo para criticar a atuação do prefeito Eduardo Paes no campo da Segurança Pública. Ao longo do debate, Tarcísio chamou Rodrigo Amorim de “pitboy de meia tigela” e, em outro momento, foi apontado como “comedor de açúcar” pelo mesmo adversário.

"Mais grave do que não cuidar da segurança é ele próprio declarar que lava as mãos no que diz respeito a segurança no Rio. Mas, ele frouxo, não veio ao debate. É mais frouxo que o comedor de açúcar, o usuário de drogas que está aqui", disse Amorim usando expressão utilizada por Pablo Marçal (PRTB) para atacar Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo.  

Tarcísio associou a imagem do candidato do PL a nomes como Marcelo Crivella, Eduardo Cunha e Domingos Brazão, este último acusado pela morte de Marielle Franco. Amorim voltou a reforçar que Tarcísio apoia Lula, mas o presidente não o apoiou. E criticou o aumento das queimadas.

Após pergunta sobre educação, Queiroz disse que é preciso valorizar o servidor, aumentar salários do setor. Sobre saúde, o candidato do PP criticou as filas no sistema municipal e disse que vai criar cinco novos centros de saúde. “Pretendo estabelecer a telemedicina, instalar um aplicativo para avaliar o serviço. Hoje, aliás, não há nada da prefeitura para avaliar a Saúde", apontou Queiroz que reforçou ainda sua posição de centro.

Ao falar de segurança, Amorim disse que pretende transformar a Guarda Municipal em Polícia Municipal. Ele também afirmou que pretende privilegiar o policiamento nas zonas turísticas. Tarcísio criticou o adversário em seu comentário. “Ele acaba defender que a orla tenha tratamento diferenciado.  Enquanto na favela, é tiro, porrada e bomba? Tá errado demais isso”, disse o nome do PSOL. Amorim, na tréplica, deixou claro que vai criar uma “supersecretaria” voltada para as favelas.

No final do debate, todos os candidatos criticaram a ausência de Eduardo Paes. “Nenhum de nós aqui fugiu do embate como o prefeito Eduardo Paes. Formamos uma frente de direita, eu e Rodrigo Amorim. Defendemos o cidadão de bem. Ficamos na segurança pública, que é reflexo pra todos os setores. Não queremos escolas sem segurança, nem fraude na saúde. Não esse prefeito, que em 12 anos nunca encarou com responsabilidade a ordem pública.Vamos ao segundo turno ganhar essas eleições”, disse Ramagem.

Crédito: Fabio Rossi

 

Por Ultima Hora em 12/09/2024
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