Enfim a esquerda, deixa a pauta de gênero, e volta a lutar pelos trabalhadores

Enfim a esquerda, deixa a pauta de gênero, e volta a lutar pelos trabalhadores

Por Brasil de Fato

Ao menos sete capitais do país tiveram atos pelo fim da escala 6×1 neste sábado (15), feriado da Proclamação da República. Vereador eleito do Rio de Janeiro (RJ) Rick Azevedo (PSOL), criador do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que defende a pauta diz que essas são as manifestações oficiais do movimento e que outras cidades estão em processo de mobilização.

“A luta continua e a mobilização cresce! Nesse dia especial, no feriado de Proclamação da República e aniversário do Rick Azevedo, e atendendo à demanda da classe trabalhadora, fomos às ruas pelo fim da escala 6×1. Cada voz faz diferença, e todos os trabalhadores unidos podem mudar essa realidade!”, afirma a postagem.

Os atos apoiam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pauta a redução da jornada, apresentada pela deputada federal Érika Hilton (Psol-SP). A proposta ganhou forte tração nas redes sociais nos últimos dias, aumentando a pressão sobre o Congresso e a adesão de parlamentares.

Na manhã de quarta-feira (13), Hilton divulgou que o projeto não só chegou a 171 assinaturas, pré-requisito para começar a tramitar no Congresso, como ultrapassou o número, com 194 signatários. Na lista há deputados de Psol, Rede, PT, PCdoB, PDT, PSB, Solidariedade, Podemos, Avante, MDB, PSD, PSDB, União, PP, Republicanos e PL.

O documento, assinado por Hilton em 1º de maio de 2024, propõe “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

 

Rick Azevedo

Apoio da CUT

A proposta recebeu nesta terça (12) apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central sindical do Brasil. Em nota divulgada em seu site, a entidade resgata debates de seu último congresso nacional, realizado em 2023, em que a pauta da redução da jornada foi  citada como forma de “apresentar uma saída para o problema estrutural de falta de trabalho e postos de trabalhos decentes a toda força de trabalho disponível”.

“É crucial garantir trabalho a todas as pessoas, que estes trabalhos sejam reconhecidos como relevantes socialmente para toda comunidade e não fiquem restritos ao circuito de acumulação capitalista, distribuindo empregos para todas as pessoas, ampliando o tempo livre para que a classe trabalhadora possa ter uma vida digna e com qualidade”, diz o texto.

A CUT ainda reafirma seu “compromisso histórico em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras, contra todas as ameaças de retirada de direitos, contra a redução do orçamento para as políticas públicas e em defesa do fim da escala de trabalho semanal de 6×1 sem redução de salários e sem a retirada de direitos de redução da jornada já conquistadas por algumas categorias por meio da negociação coletiva”.

 

Por Ultima Hora em 16/11/2024
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