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Entrevista com Fábio Queiróz, presidente Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro:
1. O ramo de supermercado é um dos poucos que se manteve estável durante a pandemia. Qual é a grande lição que os empresários tiram disso e qual é a perspectiva a longo prazo para crescer?
Por ser um setor essencial à população, o segmento supermercadista foi um dos primeiros a se adaptar aos novos protocolos exigidos pela pandemia do coronavírus, e fez isso em tempo recorde.
Desde o início da pandemia, a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) esteve em constante contato com os órgãos reguladores de saúde e com o governo acompanhando de perto todas as mudanças e atualizações a fim de orientar de forma rápida e clara os supermercadistas e a população.
Foi um período de adaptações diariamente, mas o setor se manteve firme e tem atravessado esse momento de forma brilhante. Está sendo um período de muito aprendizado e que, com certeza, deixa um grande legado para o varejo, em especial o supermercadista. Definitivamente as compras por delivery e ecommerce vieram para ficar, além das medidas e protocolos de higiene mais fortes. A perspectiva para os próximos anos é sempre positiva, mas cautelosa, visto o momento delicado que ainda estamos vivendo. Estamos acompanhando o setor diariamente e nos adaptando as mudanças.
2. A exemplo dos EUA onde a maior cadeia de supermercado do mundo o Wall Mart domina o setor, por que no Brasil isso não acontece com nenhuma das redes existentes?
Aqui no Brasil não vemos um monopólio de uma única empresa dominando o setor. Temos diversas redes de supermercados que convivem simultaneamente e de forma amigável. Isso gera uma competitividade saudável no mercado e benéfica para o consumidor final.
3. O setor emprega uma mão de obra significativa no país. O que faz para qualificar e criar oportunidade para esses trabalhadores conquistar posições e melhor nível profissional?
Fornecer suporte educacional para capacitação das pessoas deste setor é fundamental para que se desenvolvam e possam ter sucesso nos empreendimentos.
A Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) tem o Instituto de Desenvolvimento e Inovação da ASSERJ – IDEIA. Com o propósito de “Inovar, Desenvolver e Educar”, o braço educacional da Associação oferece capacitação aos associados e público geral, e o melhor, com oferta de cursos gratuitos para as redes associadas.
4. Muito se fala quanto ao controle de qualidade dos alimentos e produtos vendidos nos supermercados. Existe alguma orientação da entidade para manter um nível dentro da razoabilidade para o consumo?
Um dos principais objetivos da ASSERJ é orientar seus associados sobre importância de entregar produtos de qualidade ao consumidor. Destacar na gôndola a mercadoria de excelência, produzida com segurança e sem adulteração, é uma medida positiva e que auxilia muito na hora da compra.
Acompanhar de perto a higiene dos produtos, o manuseio, a estocagem, a data de validade e a exposição deles no supermercado fazem parte de um bom controle de qualidade e tem como objetivo principal garantir que não ofereçam nenhum risco à saúde dos clientes. E é isso que nossos associados cumprem diariamente. Temos constantemente treinamentos e cursos de atualização sobre segurança alimentar para poder capacitar cada vez mais nossos associados.
5. As redes americanas vendem desde alimentos a eletrodoméstico, roupas, cama e mesa, utensílios domésticos, móveis e equipamentos de informática e vídeo, cine ótica. Existe algum estudo ou temos barreira fiscal que não permite?
Aqui no Brasil temos diversas lojas deste modelo, caracterizadas como hipermercados, que dispõem desses produtos para o consumidor. Mas, com certeza, esta é uma característica muito forte nos Estados Unidos, e que no Brasil está ganhando força também.
Foto: Acervo Pessoal.
Ralph Lichotti é advogado e jornalista, diretor do Tribuna da Imprensa Digital.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Tribuna da Imprensa Digital e é de total responsabilidade de seus idealizadores.
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