Entrevista exclusiva com a Dra. Renata Esteves -Presidente do Partido da Mulher Brasileira - Brasil 35 de Niterói

Entrevista exclusiva com a Dra. Renata Esteves -Presidente do Partido da Mulher Brasileira - Brasil 35 de Niterói

Renata Esteves, natural de Teresópolis, porém Niteroiense de coração, pois aos 4 anos veio com seus pais morar em Niterói, onde reside até a atualidade, onde estudou, se formou em Direito, construiu sua carreira com Advogada, se casou e onde nasceu seu filho Benjamin e também enterrou seu pai por COVID-19.

Ocupa como cidadã vários papéis, aos 35 anos é casada com Rafael Vitoriono, ambos sócios e Advogados militantes da classe. Fruto dessa união nasceu Benjamin, que com 3 anos foi diagnosticado dentro do Transtorno do Espectro Autista, se tornou ativista em inclusão e direitos da Pessoa Com Deficiência, com foco na causa autista.

É atualmente a Presidente do Partido da Mulher Brasileira - Brasil 35 de Niterói e Diretora da Pasta da Mulher da Federação Associação Comunidades Carentes de Niterói - FAMACNIT, com ênfase a Mulheres que sofrem violência doméstica.

Ultima Hora Online - Porque resolveu se tornar política?

Renata Esteves - O papel social é um dos principais conceitos estudados pela sociologia. Refere-se às responsabilidades atribuídas a determinado indivíduo ou grupos sociais, ou seja, as ações que a sociedade espera de uma pessoa que ocupa certa posição. Esse posicionamento de representar voz da Mulher na Política, que me levantei, para fazer história.

O Partido da Mulher Brasileira, fundado pela Presidente Sued Haidar, oportunizou que em 2020 pela primeira vez em Niterói fizesse uma chapa encabeçada por 2 (duas) mulheres.

A coragem foi o principal combustível em aceitar o grande desafio em disputar as eleições para Prefeitura de Niterói.

Foi o início de uma construção partidária, ao lado da Presidente Nacional Sued e Presidente Estadual Sidclei, que está alicerçando na desconstrução de uma fala extrema projetada em lados, e sim focando no alvo, POR MAIS BRASIL.

Ultima Hora Online - Quais são suas bandeiras e propostas?

Renata Esteves - Mulher na política, é a necessidade da busca da igualdade de oportunidade de fala. Luto por essa inclusão para que Mulheres possam ocupar lugares de destaque e liderança, não como fala feminista de exclusão de gênero, mas sim de inclusão de ocupação lugares que desejarem estar.

E através da minha experiência da formação busco através da Justiça Social, adentrar representando os que não tem voz, nós Advogados militantes estamos vivendo na nossa classe historicamente falando ao nunca vivenciado anteriormente de forma tão as claras.

Dirigentes se prevalecendo da classe buscando seus próprios anseios. Milito na advocacia a quase duas décadas, e a política necessita urgente de representantes que façam o caminho inverso, ou seja, não entre na política usando a instituição como trampolim, mas sim utilize a política para lutar por mais Direitos para os Advogados, falta essa voz, pois não basta ter passado no exame da Ordem e ter a carteira vermelha, e sim usá-la, adentrando em qualquer lugar fazendo o “Jus Postulandi”, postular as pretensões na justiça.

No Brasil somente Advogados, tem o direito de postular, é prerrogativa nossa, e essa bandeira que carrego para representar minha classe.

Em âmbito geral, nossa sociedade embora diga ser inclusiva, a grande maioria das intuições principalmente privadas não possuem estrutura de profissionais capacitados para receberem PCD’s. É uma triste realidade, embora tenham até “boa vontade”, não sabem lidar na prática como exemplo não deixar chegar a uma crise.

Minha bandeira é a defesa do diagnóstico precoce, que é fechado após avaliação clínico por um Neuropediatra ou Psiquiatra Infantil, que possibilita início intensivo do tratamento.

O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de interesses e atividades que são únicas para o indivíduo e realizadas de forma repetitiva, que pode variar de acordo com desenvolvimento e tratamento, ou seja, uma criança inicialmente diagnosticado em nível 2 de suporte moderado, pode ir para nível 1 leve, ou até mesmo regredir para nível 3 severo.

Autismo é um oceano azul de oportunidades de inclusão, e nesse mar que estou navegando em busca não só para meu filho, mas para os PCds.

Sonho na implantação de centros de referência com tratamento efetivamente adequando em todo território nacional para Autismo. Renata significa renascida, a chegada de um filho nasce uma mãe, após o diagnóstico nasce uma mãe atípica, ou melhor, renasceu em mim uma Renata para cumprimento de uma missão, de lutar para que esse sonho seja uma realidade em nossa sociedade.

Ultima Hora Online - O que precisa mudar na nossa legislação para que os PCDs tenham melhores condições de vida e igualdade?

Renata Esteves - As leis já existem, porém a efetividade tanto pelo Poder Público, como setor no privado, não é cumprido na integralidade.

O que muitas vezes é necessário a busca pelo judiciário para fazer valer o direto. Vale ressaltar que muito recente foi publicado que a Discriminação contra pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) será punida com multa.

A penalidade foi instituída pela Lei 9.600/22, de autoria da deputada Tia Ju (REP), que foi sancionada pelo governador Cláudio Castro e publicada no Diário Oficial .18 de mar. de 2022.

 

Fotos de divulgação

Por Ralph Lichotti - Advogado e Jornalista, Diretor do Tribuna da Imprensa, Secretário Geral da Associação Nacional, Internacional de Imprensa - ANI, Ex-Presidente da Comissão de Sindicância e Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa - ABI - MTb 31.335/RJ

 

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*Este texto é de total responsabilidade de seus idealizadores

 

 

Por Ultima Hora em 16/05/2022
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