Entrevista exclusiva com Rafael Thompson, presidente da Rioluz: Iluminação pública é segurança, cidadania e respeito ao povo do Rio

Rafael Thompson abre o jogo no Última Hora:

“Estamos iluminando uma cidade inteira com eficiência, segurança e respeito ao cidadão”

Em meio a uma agenda intensa, marcada por reuniões, vistorias e testes técnicos, o presidente da Rioluz, Rafael Thompson, recebeu o nosso jornalista e colunista Arinos Monge com exclusividade para uma conversa sem pressa, daquelas que revelam mais do que números e obras. Nesta entrevista especial, ele fala sobre sua atuação à frente da Rioluz, os desafios da iluminação pública em uma metrópole como o Rio e os bastidores de uma transformação que vai além da luz — é sobre cidadania, cuidado e futuro.

Arinos Monge: Rafael, começando do começo: como foi assumir a Rioluz e quais foram os principais desafios que você encontrou?
Rafael Thompson: Assumir a Rioluz foi uma honra e, ao mesmo tempo, uma enorme responsabilidade. O Rio de Janeiro é uma cidade complexa, com realidades muito distintas. A gente lida com o Leblon e com Santa Cruz na mesma intensidade. Um dos primeiros desafios foi reorganizar o planejamento das ações. Precisávamos sair da lógica emergencial e caminhar para uma atuação preventiva, técnica e eficiente. E com o apoio direto do prefeito Eduardo Paes e do vice-prefeito Eduardo Cavaliere, conseguimos montar uma equipe comprometida e muito qualificada.

Arinos Monge: Você tem falado muito sobre a ligação entre iluminação e segurança pública. Explica pra gente como isso se traduz na prática.
Rafael Thompson: A luz é um elemento fundamental para a segurança. Um local bem iluminado inibe ações criminosas, melhora a visibilidade dos agentes de segurança, ajuda no ordenamento urbano e contribui para o sentimento de pertencimento da população. Em Santa Cruz, por exemplo, tivemos uma reunião com o comandante do 27º BPM e conversamos sobre estratégias para atuar juntos. Não adianta só instalar luminárias; a gente precisa integrá-las a um projeto de cidade que respeite e proteja as pessoas.

Arinos Monge: A Zona Oeste está recebendo uma atenção especial da Rioluz?

Rafael Thompson: Está, e com todo o merecimento. É a região mais populosa do Rio, mas historicamente negligenciada. Nosso compromisso é com a justiça territorial. Em Santa Cruz, Campo Grande, Realengo, estamos mapeando e substituindo luminárias antigas por LED, fazendo manutenção preventiva, e também ouvindo a população, porque quem mora ali sabe onde está escuro, onde é perigoso, onde falta cuidado. E esse olhar humano é o que move nosso trabalho.

Arinos Monge: Falando em inovação, o que é exatamente esse sistema de telegestão da iluminação pública?

Rafael Thompson: A telegestão é uma revolução silenciosa. Com ela, conseguimos saber em tempo real se uma luminária está acesa, apagada, com falha técnica, ou se sofreu algum tipo de vandalismo. Isso reduz drasticamente o tempo de resposta para manutenção. E mais: o sistema é inteligente, permite programação de intensidade conforme o horário e uso do local, o que gera economia de energia e mais sustentabilidade para a cidade.

Arinos Monge: E o famoso projeto Caça-Fios — que já virou até apelido carinhoso da população — como tem sido a repercussão?

Rafael Thompson: O Caça-Fios nasceu da necessidade de reordenar a bagunça nos postes da cidade. Eram cabos soltos, abandonados por empresas de internet e telefonia, trazendo risco e poluição visual. Só nos últimos meses, removemos toneladas desses materiais. Atuamos com apoio da Anatel e da Secretaria de Ordem Pública, e as empresas que não colaboram estão sendo notificadas e multadas. As pessoas aplaudem nas ruas quando veem a equipe trabalhando — é sinal de que estamos mexendo onde precisava.

Arinos Monge: E como está a agenda de obras neste momento? Quais regiões estão sendo beneficiadas?
 

Rafael Thompson: Temos ações em andamento em toda a cidade. Só nesta semana:
•    Manutenção e implantação de LEDs no Complexo do Gericinó;
•    Manutenção dos planos inclinados do Santa Marta, Penha e Penna;
•    Iluminação de LED na Quinta da Boa Vista e na via Grajaú-Jacarepaguá;
•    Implantação de iluminação na comunidade Boogie Woggie, na Ilha do Governador.
Tudo isso sem parar os testes de telegestão e a operação do Caça-Fios.

Arinos Monge: E como você enxerga o papel da Rioluz dentro de uma gestão moderna?

Rafael Thompson: A Rioluz é mais do que uma prestadora de serviços. Somos um instrumento de modernização, de ordenamento urbano e de construção de uma cidade mais justa. A luz, para mim, representa respeito ao povo. Onde tem luz, tem presença do poder público, tem dignidade, tem vida acontecendo. E esse é o legado que queremos deixar: um Rio mais claro, mais seguro e mais humano.

Arinos Monge: Para encerrar, Rafael: o que mais te motiva nesse trabalho?

Rafael Thompson: Ver a transformação acontecendo. Ver um bairro escuro, abandonado, se tornar um lugar iluminado e frequentado à noite com tranquilidade. Receber a mensagem de um morador agradecendo. Sentir que estamos fazendo parte de uma virada de chave na cidade. Isso não tem preço. E digo com toda humildade: temos um time incrível, que veste a camisa todos os dias. E enquanto eu estiver aqui, a missão é clara — levar luz a quem precisa e cuidar de cada canto do Rio.

Arinos Monge: Parabéns pelo trabalho e por essa entrega de verdade, Rafael. Que venham mais dias iluminados!

Rafael Thompson: Obrigado a vocês! Vamos em frente, com muito trabalho e luz no caminho!

Por: Arinos Monge.