Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que rola na sua região.
Por Carlos Arouck
As empresas estatais brasileiras encerraram 2024 com um déficit recorde em valores nominais, totalizando R$ 8,07 bilhões. De acordo com dados do Banco Central divulgados em 31 de janeiro de 2025, as estatais federais, sozinhas, foram responsáveis por um déficit de R$ 6,73 bilhões.
A análise da série histórica revela uma grande variação no saldo das contas das estatais desde 2002. Naquele ano, o superávit foi de R$ 11,83 bilhões, seguido por R$ 4,97 bilhões em 2006 e R$ 4,85 bilhões em 2011. A partir de 2015, os números passaram a registrar déficits consecutivos, como os R$ 6,12 bilhões negativos em 2015. No entanto, durante a gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022), houve um período de recuperação, com superávits em 2020 e 2021. Em 2022, o saldo voltou a ficar negativo, fechando em R$ 4,28 bilhões de déficit.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sob cuja gestão o déficit atingiu seu pico histórico, argumenta que parte desse resultado se deve a “investimentos” realizados com recursos próprios das estatais. Segundo a administração federal, esses investimentos são fundamentais para o desenvolvimento da infraestrutura e a implementação de políticas públicas essenciais.
A trajetória dos resultados financeiros das estatais reflete as gestões de diferentes presidentes, como Fernando Henrique Cardoso (FHC), Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, períodos em que tanto superávits quanto déficits foram registrados, dependendo das políticas econômicas adotadas e do contexto financeiro de cada governo.
O atual cenário preocupa a sustentabilidade fiscal e a eficiência das empresas estatais na gestão dos recursos públicos, especialmente em um momento em que o Brasil busca equilíbrio econômico e maior eficiência na administração de suas estatais.
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!