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Uma história de luta e perseverança pelo sonho de brilhar nos palcos com a sua arte, fez com que Mercedes Baptista, tornasse sua trajetória um marco histórico para a dança brasileira, tendo se tornado a primeira bailarina negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um dos mais importantes palcos do país. A estreia será nesta quarta-feira, 20 de novembro, quando se celebra o Dia da Consciência Negra, às 19h, no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro, Tijuca – para apenas 05 apresentações, seguindo para o Instituto Pretos Novos, na região da Pequena África, de 27 a 29 de novembro, sempre às 15h. A cidade de Itaocara, município do noroeste do estado, também receberá duas apresentações do espetáculo, nos dias 02 e 03 de dezembro.
Imagem: Divulgação da peça
A história e carreira longeva d artista estará nos palcos onde a atriz e bailarina Ivanna Cruz, conduz o enredo, relembrando origens e as batalhas da mulher negra, tal como ela, para conseguir que sua arte fosse reconhecida. A história de duas gerações que não desistiram. A peça tem direção artística de Luiz Antônio Rocha e texto de Pedro Sá de Moraes com a colaboração de Luiz Antonio Rocha e Ivanna Cruz, coreografias de Diego Rosa e Cenário e Figurinos de Eduardo Albini. Também estarão em cena os músicos/atores Chico Vibe e Lelê Benson e a montagem conta com iluminação de Ricardo Fujii. Mais de 90% da ficha técnica desse projeto é composta por artistas e técnicos negros, atuantes na cena cultural brasileira.
O espetáculo musical resgata ritmos como o Jongo, a Mana Chica ancestralidade dos ritmos trazidos da África pelos antepassados africanos, escravizados e retirados à força de suas terras e seus laços familiares e culturais e impostos à diáspora dolorosa pelos portugueses que aqui dominaram e colonizaram as terras brasileiras a partir do ano de 1500. O repertório apresenta o resgate dessa cultura, dos sons que remetem à memória e a preservação da cultura afrodescendente, o que tanto Mercedes fez e conseguiu e que anos depois sua conterrânea, Ivanna Cruz, também seguiu pelo mesmo caminho. As duas, nascidas em Campo dos Goytacazes, nunca desistiram mesmo com a imposição de todas as formas de racismo existentes na sociedade.
O diretor artístico, Luiz Antonio Rocha, aponta que Mercedes Baptista foi e é a pedra fundamental da identidade afro-brasileira na dança, influenciando várias gerações de artistas e movimentos culturais. Valorizou a identidade negra dando visibilidade, respeito às mulheres e combate ao racismo. “Sua história nos inspira, além de homenageá-la, vamos resgatar ritmos que estão desaparecendo como o Jongo e a Mana-Chica (RJ). O projeto tem como referência a cultura e a arte popular influenciadas por matrizes culturais de povos afro diaspóricos”, afirma o diretor.
Ivanna Cruz, atriz e bailarina multifacetada que respira arte, a atriz, dançarina, produtora, Educadora Popular e professora de dança Afro, nasceu em Campos dos Goytacazes, Cursou Teatro Experimental do SESC e Curso Técnico Profissionalizante da Cal. Atuou em espetáculos como: “Vestido de Noiva”,“Antígona”, “A Serpente”, “Marido Oscar”, “O outro lado da história”, “O boi e seus alegres brincantes”, “Histórias Encantadas”, “A Arca de Noé”, ”Ilê Sain à Oxalá”, 2000 a 2015 “A menina e o vento” “As Feras”, de Vinicius de Moraes de 2017 a 2019. Dirigiu os musicais: “Metal contra as nuvens” e “Batuque das Tias”, e o infantil “A Fada cheia de ideias”. Participou dos Curtas Metragens “Broadway” dir. de Maycon Gual ( 2017) e “A Casa de Pedra”, dir. Ricardo Conti (2018). Participou da novela “Quanto Mais Vida melhor”, na Rede Globo. Ivanna também está a frente de trabalhos como ativista cultural na cidade onde desenvolve um trabalho em terreiros e escolas divulgando a tradição popular da cidade com danças como “Mana Chica”, uma dança similar às quadrilhas de roda com nuances do Fado do tempo da escravidão.
FICHA TÉCNICA
Espetáculo ‘Mão na barra, pé no terreiro, a vida e a dança de Mercedes Baptista’
Texto: Ivanna Cruz, Luiz Antônio Rocha e Pedro Sá Moraes
Canções: Pedro Sá de Moraes
Encenação: Luiz Antônio Rocha
Atriz: Ivanna Cruz
Instrumentistas/atores: Chico Vibe e Lelê Benson
Cenário e Figurinos: Eduardo Albini
Projeto de Luz: Ricardo Fujii
Coreografia e preparação corporal: Diego Rosa
Direção musical: Pedro Sá Moraes
Preparação Vocal: Jorge Maya
Assistente de direção: Tai Xavier
Consultoria Jongo/ Mana-chica: Neusinha da Hora e Neide da Hora
Agradecimentos especiais: Viviane Ramiro e Dona Ruth
Fotografia: Jow Coutinho e André Brito
Aderecistas: Nilton Souza
Confecção figurino raízes: Marcos Vieira
Tingimento figurino raízes: Aline Nogueira
Costureira: Maria Madalena de Oliveira
Operador de luz: Thiago Monte
Assessoria de imprensa: Alessandra Costa
Mídias sociais e edição vídeos: Jow Coutinho
Design Gráfico: Cristhianne Vassão
Elaboração de Leis de incentivos: Lilian Maya
Gestão de novos projetos: Jarbas Galhardo
Produção Executiva: Ivanna Cruz e Luiz Antônio Rocha
Direção de Produção e Prestação de contas: Karina Nadaletto
Produção: Arteiro Produções & Espaço Cênico Produções Artísticas & Teatro em Conserva
SERVIÇO
Mão na barra, pé no terreiro, a vida e a dança de Mercedes Baptista
Classificação: Livre
Duração: 80 minutos
Onde: Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro - Rua José Higino, 115 – Tijuca
Quando: de 20 a 23 de novembro – às 19h e
24 de novembro – às 18h
Espaço e lotação: 150 lugares
ENTRADA GRATUITA: Retirada de ingressos no site do Rio Cultura
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