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Porta-voz da Casa Branca diz que EUA podem reagir caso sanções contra Moscou não forem executadas por Pequim. Ainda hoje (7), em videochamada com Macron, Scholz e Boris Johnson, Biden se comprometeu a aumentar "custos da Rússia".
Os Estados Unidos têm meios para "tomar medidas" contra a China se Pequim não cumprir as sanções aplicadas à Rússia em meio à crise ucraniana, disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, nesta segunda-feira (7).
"[…] Eles [os chineses] obviamente se ausentaram da votação do Conselho de Segurança da ONU e fizeram alguns comentários sobre a soberania e integridade territorial da Ucrânia. Não cumprir as sanções que sempre temos, você sabe, claramente temos meios de tomar medidas [...]", disse Psaki durante uma coletiva de imprensa.
Também hoje (7), o presidente dos EUA, Joe Biden, e líderes europeus – como Emmanuel Macron e Olaf Scholz – se comprometem a aumentar os custos da Rússia durante uma reunião em videochamada, informou a Casa Branca.
"O presidente Joe Biden realizou hoje [7] uma videochamada com o presidente Emmanuel Macron da França, o chanceler Olaf Scholz da Alemanha e o primeiro-ministro Boris Johnson do Reino Unido. Os líderes afirmaram sua determinação em continuar aumentando os custos da Rússia […]", disse a Casa Branca em um comunicado à imprensa.
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'EUA não cumprem promessas'
O ministro das Relações Exteriores da China acusou Washington de alimentar tensões em torno dos principais interesses de Pequim.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (7), o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que nenhum lugar deve ser considerado como "quintal dos EUA", e que o "mundo não é um tabuleiro de xadrez geopolítico".
A China acusa Washington de não cumprir sua promessa de não buscar confrontos com Pequim ou provocar divisões em outras partes do mundo. As informações são do South China Morning Post.
Ele disse que os Estados Unidos não cumpriram os compromissos das autoridades norte-americanas. Para ele, Washington mente ao dizer que não busca uma nova Guerra Fria e tampouco mudar o modelo de governança da China.
"Os EUA ainda não poupam esforços para realizar uma 'competição intensa' contra a China em um jogo de soma zero, constantemente atacando e provocando problemas em questões relativas aos interesses centrais da China", disse o ministro.
"Como país soberano e independente, a China tem todo o direito de tomar as medidas necessárias para defender firmemente seus direitos e interesses legítimos", acrescentou Wang Yi.
As tensões entre a China e os EUA aumentaram nos últimos meses, com Washington pressionando Pequim a condenar a Rússia (após a operação militar especial na Ucrânia) e os EUA fortalecendo as alianças de segurança na região do Indo-Pacífico.
Em uma viagem à Austrália no mês passado, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que a ambição estratégica da China se expandiu para o desejo de ser uma potência militar, econômica, diplomática e política líder no mundo.
Os EUA também estão intensificando sua aliança de segurança na região, incluindo a assinatura de um acordo para ajudar a Austrália a estabelecer uma frota de submarinos movidos a energia nuclear. Pequim, por sua vez, quer compensar a influência dos EUA, expande suas relações com nações da Ásia, África, América Latina e Oriente Médio.
Respondendo aos questionamentos sobre o mar do Sul da China, Wang Yi afirmou que "a região da Ásia-Pacífico não é um tabuleiro de xadrez para grandes potências políticas, e os países da Ásia não são peões em confrontos geopolíticos".
Wang também culpou os EUA pelo caos no Afeganistão e pelo progresso paralisado nas negociações nucleares norte-coreanas.
Ele disse que a retirada repentina das tropas dos EUA levou a uma crise humanitária no Afeganistão, e os EUA devem desbloquear imediatamente os ativos congelados do país para ajudar seu povo. (Do Brasil247)
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