Fraudes eleitorais e súmula 73: Nova Iguaçu espera justiça, não inércia

Com processos parados e decisões adiadas, a população cobra agilidade da Justiça Eleitoral para garantir transparência e respeito às leis.

Fraudes eleitorais e súmula 73: Nova Iguaçu espera justiça, não inércia

Nova Iguaçu enfrenta uma grave crise de confiança em seu sistema eleitoral. Com processos envolvendo fraudes nas cotas de gênero e a aplicação da Súmula 73 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a cidade se vê paralisada pela morosidade da Justiça Eleitoral, que não cumpre o papel de garantir transparência e lisura nas eleições.

Entre os casos mais emblemáticos está o da Federação PSDB-Cidadania, registrado no processo nº 0601043-25.2020.6.10.0004. Além disso, ações envolvendo o PL e Republicanos também denunciam a prática de candidaturas fictícias criadas apenas para atender formalmente às cotas de gênero. A lei é clara: chapas que utilizam essas fraudes devem ser anuladas, e os mandatos redistribuídos de forma legítima. No entanto, esses processos permanecem engavetados, sem qualquer definição.

A situação se agrava diante do silêncio e da inércia dos responsáveis. Juízes como Dr. Carlos Henrique Soares e Dr. Rodrigo Martins, que têm a missão de julgar essas ações, parecem ignorar a urgência de dar uma resposta à sociedade. Enquanto isso, a população, pré-candidatos e partidos cobram celeridade e transparência, mas encontram na Justiça um jogo de empurra-empurra que só reforça a sensação de impunidade.

Nas redes sociais, os descontentamentos se multiplicam. Eleitores questionam o motivo da demora em resolver casos tão claros e criticam a postura da Justiça Eleitoral de Nova Iguaçu, que, em vez de agir com firmeza, mantém um ritmo lento que só beneficia os infratores. “A Justiça virou uma tartaruga”, dizem alguns. Outros lembram que a cidade tem sido conhecida como a “terra dos laranjas”, uma vergonha para um município com tanto potencial.

O silêncio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também chama atenção. Como guardiã da Constituição, a OAB deveria estar à frente dessa batalha, cobrando rigor e agilidade no cumprimento da lei. Porém, sua ausência no debate reforça o sentimento de abandono jurídico que toma conta da cidade.

A política em Nova Iguaçu é mais do que disputa de cargos; é o que fomenta emprego, trabalho e desenvolvimento para a população. Quando o eleitor confia seu voto a um candidato, ele espera que a democracia funcione de forma plena. Mas, ao ignorar fraudes comprovadas e não aplicar a Súmula 73, a Justiça Eleitoral enfraquece essa confiança e transforma o sistema em uma engrenagem que beneficia apenas os que desrespeitam as regras.

A solução é clara: a Justiça precisa agir. É urgente revisar os mandatos fraudulentos, redistribuí-los de forma justa e garantir que a lei seja cumprida. Além disso, é essencial que o andamento desses processos seja transparente, permitindo à sociedade acompanhar as decisões e confiar que o sistema eleitoral está ao lado da verdade.

Nova Iguaçu merece mais. Não pode continuar sendo sinônimo de fraudes e impunidade. A cidade precisa de uma Justiça Eleitoral que honre o papel de garantir a democracia, agindo com rapidez, clareza e compromisso. Afinal, a lei existe para todos, e a população não aceita mais desculpas ou adiamentos. Chegou a hora de dar um basta e colocar a verdade no centro do processo eleitoral.

Por: Arinos Monge. 

Por Ultima Hora em 25/12/2024
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