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O nome escolhido para concorrer ao Senado foi o de Clarissa Garotinho, atualmente no segundo mandato na Câmara dos Deputados. Com 14 anos de vida pública, Clarissa conseguiu contornar dissidências dentro do partido e atraiu apoio de antigos desafetos da família Garotinho na política fluminense, entre eles os caciques Chiquinho Brazão e Paulo Mello. Outro que selou a paz com Clarissa foi o governador Cláudio Castro, que compareceu à convenção e chamou Clarissa de “minha senadora”:
-O Rio de Janeiro merece um debate melhor para o Senado, e não tenho dúvida que você (Clarissa) fará isso, pela sua qualidade técnica - disse o governador Cláudio Castro, ovacionado por milhares de correligionários do União Brasil e convidados presentes no XPO MAG, o antigo Centro de Convenções Sulamérica, no Centro do Rio. Castro e Clarissa estavam brigados desde que a parlamentar fez críticas públicas ao governador nas redes sociais, há alguns meses.
Clarissa, por sua vez, demonstrou que os atritos com o governador ficaram no passado. Esta semana, ela chegou a ir a eventos com Castro na Baixada Fluminense, ao lado do presidente do diretório estadual do União Brasil, Waguinho, hoje principal fiador da candidatura dela ao Senado.
O pai de Clarissa, o ex-governador Anthony Garotinho, também selou a paz com o atual Chefe do Executivo e chegou a dizer, durante a convenção, que irá apoiar Castro, atendendo a um pedido da Executiva Nacional da legenda. Garotinho teve seu nome homologado para concorrer a uma vaga de deputado federal.
O aumento do protagonismo feminino no Senado foi um dos motes citados pelos candidatos do União Brasil presentes à convenção, já que Clarissa Garotinho é a única mulher do Rio disputando a vaga, hoje ocupada por Romário (do PL, partido de Castro). Os dois disputam espaço dentro do espectro de direita do bolsonarismo.
Clarissa é também a única evangélica já confirmada na disputa e já deu a entender que vai reforçar, durante a campanha, seus posicionamentos a favor da pauta pró-vida: contra o aborto e pelo aumento das penas para crimes de estupros contra crianças e mulheres.
Quero continuar lutando no Senado, assim como faço hoje na Câmara dos Deputados, para garantir o direito sagrado à vida. Outra coisa: tenho 14 anos de vida pública sem nada que desabone minha conduta - disse Clarissa, que também falou sobre a intenção de levar ao Senado a discussão sobre uma reparação para o Estado do Rio, que não recebeu o ressarcimento devido por conta da transferência da capital para Brasília, em 1960.
Vestida de amarelo e segurando uma bandeira do Brasil, a candidata fez um discurso enfático com vários acenos ao bolsonarismo. O partido chegou unido em torno do nome de Clarissa, após o presidente do diretório estadual e prefeito de Belford Roxo, Waguinho, ter feito reuniões com antigos desafetos da família no meio da semana, quando pediu o apoio irrestrito à parlamentar. Funcionou. O
deputado estadual Thiago Pampolha chegou a chamar Clarissa de “líder”, durante o evento. No meio da semana, Chiquinho Brazão também elogiou a candidata ao Senado.
A esposa de Waguinho, a deputada federal e aliada Daniella do Waguinho, reforçou o clima de união:A gente precisa de mais espaço de poder para as mulheres. O nosso partido estará apoiando essa grande mulher, que tem história e vai fazer a diferença no Senado - disse Daniella, durante a convenção.
Fonte: Jornal Aurora / Diario do Rio
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