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Tem coisa que só acontece na Baixada, e mais uma vez Nova Iguaçu foi palco de um escândalo daqueles. Um galpão clandestino, que mais parecia um "quartel-general do crime", foi interditado em Comendador Soares na última sexta-feira (13). A operação conjunta, que contou com o Inea, Polícia Civil, Polícia Ambiental e a ANP, descobriu um esquema de adulteração de combustível que abastecia postos em Rocha Miranda, Irajá, Jacarepaguá e São João de Meriti.
No local, tinha de tudo: combustível adulterado, 135 caixas de cigarros sem procedência e até um poço clandestino para captar água. Além disso, o solo estava contaminado com óleo e graxa, transformando o lugar em uma verdadeira bomba-relógio ambiental. E não para por aí! Vinte caminhões-tanque estavam largados no espaço, enquanto dois funcionários e um motorista foram pegos em flagrante.
Gasolina "batizada" e motoristas no prejuízo
Quem abasteceu o carro em algum posto da região nos últimos meses pode ter colocado gasolina "batizada" no tanque sem saber. Estima-se que mais de 500 veículos podem ter sido abastecidos com o combustível adulterado. É prejuízo certo: a gasolina falsificada não só prejudica o motor, como também aumenta a poluição no ar e coloca em risco a segurança de quem está no volante.
“Monitoramos essa operação por dez dias para identificar o esquema e os responsáveis. Além de crimes ambientais gravíssimos, a adulteração de combustíveis é um golpe nos consumidores e um risco à segurança pública", disse Bernardo Rossi, secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade.
Postos e motoristas no radar da polícia
A lista de postos envolvidos inclui estabelecimentos em bairros movimentados do Rio, como Rocha Miranda e Jacarepaguá, além de São João de Meriti. Agora, os gerentes desses postos vão ter que se explicar nas delegacias. Já os motoristas que sem saber usaram o combustível adulterado devem ficar atentos aos danos nos veículos, já que problemas mecânicos causados pela gasolina podem aparecer a médio prazo.
Baixada no alvo: mais rigor na fiscalização
Com um movimento intenso de veículos na região, só em Nova Iguaçu e São João de Meriti existem cerca de 200 postos de combustíveis. A descoberta desse galpão clandestino escancara a fragilidade na fiscalização. A gasolina "batizada" é um risco que não só pesa no bolso, mas também agrava a imagem de uma região que já sofre com descaso e irregularidades.
Essa operação, apesar de bem-sucedida, deixa uma pergunta no ar: quantos outros esquemas como esse ainda estão funcionando por aí? A Baixada e o Rio de Janeiro merecem mais respeito e, principalmente, mais fiscalização para que o consumidor não continue sendo enganado.
Conclusão: o recado está dado
Se tem algo que os responsáveis pelo esquema não podem reclamar, é de falta de aviso. A fiscalização foi certeira, e agora quem estiver na lista de envolvidos vai ter que se entender com a justiça. Para os motoristas e moradores da Baixada, fica a lição: sempre desconfie de preços muito baixos e fique de olho nos danos ao veículo. Afinal, ninguém quer rodar com gasolina "batizada" e pagar o pato depois.
Fonte: O GLOBO
Por: Arinos Monge.
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