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Os preços médios da gasolina, do diesel e do etanol subiram nos postos de combustíveis do país em 2024, apesar de a Petrobras não ter reajustado o diesel e ter subido o preço da gasolina apenas uma vez no ano passado. Os dados dos postos são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Conforme o levantamento da ANP, órgão regulador do mercado de combustíveis no Brasil, os preços subiram nos postos da seguinte forma:
À reportagem do site g1, Ricardo Balistiero, professor de economia do Instituto Mauá de Tecnologia, explicou que o preço do etanol, biocombustível derivado da cana-de-açúcar, foi impactado principalmente pela queda na produção de cana, em meio às queimadas, e pela cotação do açúcar no mercado internacional.
“O preço do açúcar teve uma forte alta em 2024. E, sempre que o açúcar sobe lá fora, as usinas direcionam parte da produção à commodity. Isso desequilibra a oferta e a demanda”, disse Ricardo Balistiero, professor de economia do Instituto Mauá de Tecnologia.
Reoneração do PIS/Cofins e alta do ICMS ajudam a explicar aumento
Os aumentos da gasolina e do diesel ocorreram, principalmente, por conta da reoneração do PIS/Cofins e da alta do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
A cobrança integral do PIS/Cofins sobre o diesel voltou em janeiro de 2024. O imposto estava zerado desde 2021, mas o governo federal antecipou parte do recolhimento já em setembro de 2023.
A reoneração ocorreu da seguinte forma:
Apesar dos reajustes nos postos, os impactos da gasolina no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foram bem menores do que em 2023. O combustível, cujo peso na inflação oficial do país é grande, pressionou menos no ano passado.
Por fim, a Petrobras promoveu apenas um reajuste na gasolina no ano passado (em julho, alta de 7,04% nas refinarias) e passou o ano todo sem aumentar o diesel. Isso foi possível graças à mudança na política de preços da estatal.
Em maio de 2023, a estatal anunciou o fim do PPI (Paridade de Preço de Importação), que acaba provocando muita volatilidade nos preços dos combustíveis no Brasil, uma vez que a antiga política estava atrelada ao dólar e ao preço do barril do petróleo no mercado internacional.
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