General Luiz Eduardo Ramos, amigo de Bolsonaro, também pode ter participado da criminosa trama golpista segundo a PF

General é conhecido por ser paraquedista, integrante dos “kids pretos” e muito próximo do ex-presidente

A prisão do ex-ministro Braga Netto neste sábado (14) evidencia que as investigações relacionadas ao plano golpista não vão poupar generais de alta patente. De acordo com informações da colunista Carla Araújo, do UOL, outro general quatro estrelas está na mira das investigações: Luiz Eduardo Ramos (na foto com Bolsonaro).

Ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL), Ramos é conhecido por ser paraquedista, integrante dos “kids pretos” e muito próximo do ex-mandatário. Até então, ele havia conseguido evitar envolvimento direto nas manchetes policiais.

No entanto, fontes próximas à investigação indicam que Ramos está sendo implicado devido à conexão com o general Mario Fernandes, preso em novembro sob a acusação de participar do plano para assassinar o presidente Lula (PT), Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Mario Fernandes, que era secretário-executivo de Ramos na Secretaria-Geral da Presidência, trabalhava diretamente com ele no Palácio do Planalto. Segundo apurações, o celular de Fernandes contém diversas mensagens enviadas a Ramos, algumas supostamente com teor golpista.

Embora Ramos não tenha respondido à maior parte dessas mensagens, investigadores da Polícia Federal (PF) acreditam que isso não exclui a possibilidade de que ele tenha deliberado pessoalmente com Fernandes sobre os assuntos tratados.

Ramos, conhecido por exaltar sua lealdade e amizade com Bolsonaro, costumava exibir fotos antigas dos dois durante o período em que serviram no Exército, reforçando sua proximidade com o ex-chefe do Executivo.

O militar também teve papel central na defesa de Bolsonaro, sendo um dos idealizadores da polêmica reunião com embaixadores para questionar as urnas eletrônicas — evento que contribuiu para a inelegibilidade de Bolsonaro.