Geoparque do Rio de Janeiro perto de ser reconhecido pela UNESCO

Região de Costões e Lagunas, que abrange 16 municípios, pode se tornar o primeiro Geoparque Mundial do estado, destacando o litoral fluminense e impulsionando o turismo sustentável.

Geoparque do Rio de Janeiro perto de ser reconhecido pela UNESCO

O Rio de Janeiro está prestes a conquistar um título inédito que colocará o estado em destaque internacional. O Geoparque Costões e Lagunas, uma área que abrange 16 municípios e mais de 460 quilômetros de litoral, pode se tornar o primeiro do estado a receber o título de Geoparque Mundial pela UNESCO. Esse reconhecimento promete não apenas valorizar o patrimônio natural e cultural do Rio de Janeiro, mas também fomentar o turismo sustentável e a preservação ambiental em uma das regiões mais ricas em história geológica do Brasil.

A Visita da UNESCO e a Avaliação

Entre os dias 22 e 27 de julho de 2024, dois geólogos da UNESCO, Artur Sá, de Portugal, e Miguel Cruz, do México, visitaram a região para avaliar o Geoparque Costões e Lagunas. A visita fez parte do processo de análise que pode culminar na concessão do título. Durante seis dias, os especialistas percorreram 20 pontos importantes, como as imponentes falésias da Praia da Lagoa Doce, em São Francisco de Itabapoana, e as dunas da Dama Branca, em Cabo Frio.

Essa avaliação é crucial, pois, para que o título seja concedido, pelo menos 70% do que foi apresentado no dossiê enviado à UNESCO em novembro de 2023 deve estar de acordo com o que os avaliadores observaram em campo. O resultado final será anunciado em uma Assembleia Geral da UNESCO, cuja data ainda não foi definida.

A Riqueza Geológica do Geoparque

O Geoparque Costões e Lagunas é uma região de grande valor científico e histórico. A área é composta por formações rochosas que datam de mais de 2 bilhões de anos, além de abrigar paisagens únicas e sítios históricos que remetem às primeiras povoações brasileiras. Esse tesouro geológico e cultural se estende desde Maricá, na região metropolitana do Rio, até São Francisco de Itabapoana, no norte do estado, incluindo municípios como Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Saquarema, Macaé, Rio das Ostras, e Campos dos Goytacazes.

Os visitantes podem explorar uma diversidade de paisagens, que vão desde as rochas metamórficas dos costões até as lagoas e lagunas da região. Além das belezas naturais, a área abriga faróis, salinas, igrejas históricas e museus que preservam a memória e a cultura da região. Mais de 15% da área do Geoparque corresponde a Unidades de Conservação estadual ou federal, o que reforça a importância da preservação ambiental nesse território.

Benefícios do Título para o Rio de Janeiro

Caso o Geoparque Costões e Lagunas seja aprovado como Geoparque Mundial, o Rio de Janeiro verá uma série de benefícios. O título trará reconhecimento internacional, colocando o estado no mapa do turismo sustentável. Isso não apenas atrairá visitantes de todo o mundo, mas também promoverá a conservação dos recursos naturais e o desenvolvimento econômico das comunidades locais.

Além disso, o título impulsionará a educação e a cultura na região, estimulando pesquisas científicas e projetos educativos que podem beneficiar tanto moradores quanto turistas. A região de Costões e Lagunas tem o potencial de se tornar um exemplo de como o patrimônio geológico pode ser preservado e utilizado para promover um desenvolvimento sustentável, integrando a conservação ambiental com o crescimento econômico.

O Futuro do Geoparque Costões e Lagunas

O título de Geoparque Mundial pela UNESCO representará um marco para o Rio de Janeiro, destacando a riqueza natural e histórica do estado em um cenário global. Aguardando a decisão final, os moradores e gestores do Geoparque Costões e Lagunas continuam trabalhando para garantir que essa região seja reconhecida e valorizada por sua importância única.

O Rio de Janeiro, conhecido por suas belezas naturais e culturais, está prestes a dar mais um passo significativo para se consolidar como um destino de turismo sustentável, onde a história geológica se encontra com o futuro da preservação ambiental.

Por: Arinos Monge. 

 

Por Ultima Hora em 13/08/2024
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