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Em discurso inflamado, deputado denuncia "conluio entre milícias e oligarquias" e alerta sobre perseguição política na Câmara
Em meio à crescente tensão política na Câmara dos Deputados, o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) fez um contundente discurso em defesa do mandato de seu colega de partido, Glauber Braga, denunciando o que chamou de "perseguição política" e criticando a forma como foi conduzida a cassação do deputado Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.
"Glauber fica. Essa é a palavra de ordem mais importante para a democracia brasileira hoje", afirmou Tarcísio em pronunciamento que rapidamente viralizou nas redes sociais. O parlamentar destacou que a defesa do mandato de Glauber vai além da preservação de uma cadeira no Congresso, representando a resistência contra o que ele caracteriza como "podres poderes" da política nacional.
A manifestação ocorreu no mesmo dia em que a Mesa Diretora da Câmara decretou a perda do mandato de Chiquinho Brazão por excesso de faltas, decisão que Tarcísio classificou como uma manobra para evitar que o deputado acusado de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ficasse inelegível, como aconteceria caso a cassação fosse votada em plenário.
"Há um ano que o processo dele está para ir ao plenário da Câmara para ele ser cassado, mas o conluio entre as milícias, as oligarquias, o Centrão, os poderosos de ontem e de hoje, esse conluio corporativista não colocou o processo de Chiquinho Brazão para cassação em plenário", denunciou Tarcísio. "Isso significa que ele perde o mandato, mas sequer ficará inelegível."
Contraste de tratamentos
O deputado do PSOL fez questão de ressaltar o contraste entre a lentidão no caso Brazão e a celeridade com que tem sido tratado o processo contra Glauber Braga, que responde a um processo disciplinar após um episódio envolvendo um membro do Movimento Brasil Livre (MBL).
"Enquanto isso, no processo de Glauber Braga, eles estão correndo mais do que carro de Fórmula 1 para poder pautar, julgar e cassar o Glauber", comparou. "Mais uma prova de que a cassação de Glauber Braga não tem nada a ver com o pé na bunda que ele deu naquele pequenininho do MBL."
Em suas redes sociais, Tarcísio reforçou a crítica: "É uma vergonha essa postura omissa de parte da Câmara dos Deputados, que para perseguir politicamente o combativo Glauber Braga tem celeridade, mas para cassar um acusado de assassinato político se cala a fim de preservar seus direitos políticos."
Memória de Marielle
Em seu discurso, Tarcísio também evocou a memória da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, em um crime que chocou o país e ganhou repercussão internacional. Chiquinho Brazão é apontado como um dos mandantes do crime.
"Eles, os mesmos milicianos, oligarcas e podres poderes da política, nos tiraram a companheira Marielle Franco aqui da Câmara dos Vereadores, assassinaram Marielle. E, olha, lembremos: isso não nos calou, isso não nos fez recuar, isso nos fez ir para cima da luta", afirmou o deputado, em tom de desafio.
A fala de Tarcísio Motta reflete a tensão crescente no parlamento brasileiro, onde disputas políticas e ideológicas têm se intensificado. Para analistas políticos, o caso evidencia as contradições do sistema político brasileiro e os desafios para a consolidação de uma democracia representativa efetiva.
"A defesa de Glauber Braga é a defesa da luta. Da luta por um país diferente, da luta por um país mais igual, da luta por democracia de fato representativa que esse país precisa ter", concluiu Tarcísio, em um chamado à mobilização que repercutiu entre movimentos sociais e partidos de esquerda.
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