Governo Lula prepara contra-ataque

 

Te cuida Lira

Com palavras polidas, bem calculadas e mensagens nas entrelinhas, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Articulação) foram os arautos do presidente Lula sobre o posicionamento do governo em relação às modificações feitas na MP que estrutura o governo. Vão a campo para reverter o direcionamento do relator nas mudanças específicas na votação, no plenário da Câmara. E, se for o caso, no Senado.

Briga contra o tempo

A votação em plenário da MP 1154/23 ainda não foi pautada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), mas nos bastidores a tendência é que isso aconteça até a próxima quarta-feira, 31. Se for confirmada, o Planalto terá que agir rápido para convencer qualquer mudança de voto de uma Câmara que alinha o discurso da "independência".

Dever de casa

A árdua missão ficou para a articulação política do governo, leia-se Alexandre Padilha, e os líderes de Lula na Câmara, no Senado e no Congresso Nacional. A uniformidade saiu após reunião entre o presidente e as ministras Marina Silva (Meio Ambiente), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Ester Dwek (Gestão) e ainda com os ministros Rui Costa, Padilha e o chefe da Secom, Paulo Pimenta.

 Agenda sustentável

Ao falar com a imprensa, Rui Costa e Padilha fizeram questão de afirmar que o governo Lula tem o compromisso da sustentabilidade e proteção dos povos indígenas. "Mesmo com mudanças, não impedem a implementação do programa de governo, que tem instrumentos para colocar em prática isso", disse Padilha se referindo à sustentabilidade na gestão Lula3.

Boiada

A bancada ruralista tem pressa e conseguiu emplacar para a próxima terça-feira, 30, a votação no plenário da Câmara do PL 490/07, que trata do marco temporal da demarcação das terras indígenas. Com isso, a casa legislativa se antecipa à retomada do julgamento de semelhante pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), agendado para o dia 7 de junho. O julgamento do marco temporal está parado no STF há 1 ano e 8 meses.

 Grande conquista

Belém, capital do Pará, conseguiu o aval da ONU para sediar a COP-30, em novembro de 2025. O resultado positivo foi anunciado nesta sexta-feira, 26, em vídeo pelo presidente Lula, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB-PA). A decisão da ONU saiu na semana passada. É a primeira vez que o Brasil vai sediar um evento mundial dessa magnitude e, no Norte do país.

Radiante

Para Hélder Barbalho, vai ser um privilégio para Belém (PA) sediar um evento dessa envergadura, o "mais importante da área climática". Na última quarta-feira, ele falou à Coluna da grande expectativa sobre o "sim" da ONU e que aguardava o anúncio em breve.

Ele fica!

Com a presidência judicializada pela oposição bolsonarista, Jorge Viana conseguiu decisão favorável do TRF1, que lhe devolveu a chefia da Apex-Brasil. A ação judicial apontava que ele não atendia todas as exigências do órgão para o cargo, como a fluência na língua inglesa. Recurso da AGU defendeu que o ex-governador e ex-senador do Acre preenche os requisitos técnicos para ocupar a presidência.

Pela tangente

Em conversa com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por telefone na manhã de hoje, o presidente recusou o convite russo de participar do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo e reiterou o compromisso do Brasil, junto com os demais países do Brics em buscar a paz para cessar o conflito bélico entre Rússia e Ucrânia. O assédio de Putin e Zelensky a Lula tem ficado mais duro na busca por apoio.