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O presidente Recep Tayyip Erdogan declarou que não concorda em admitir países que aplicam sanções à Turquia. O problema é que a Suécia interrompeu a venda de armas aos turcos três anos atrás, após o envolvimento militar de Ancara na guerra da Síria.
Suécia e Finlândia já confirmaram que vão pedir para integrar a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) após a Rússia invadir a Ucrânia. Só que para isso se concretizar, todos os 30 membros da organização devem aprovar a entrada. Um dos países integrantes da OTAN a Turquia já antecipou que vai vetar a filiação de suecos e finlandeses: a Turquia.
Os dois países nórdicos disseram que vão mandar delegações diplomáticas para discutir a questão com a Turquia, mas Erdogan afirmou que eles nem precisam se incomodar em fazer a viagem. Ancara acusa os escandinavos de darem guarida a integrantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que há décadas trava um confronto armado pela independência.
Impasse deixa a Rússia na zona de conforto
Os curdos têm comunidades significativas na Finlândia e na Suécia. Nesse último país, há descendentes de curdos no parlamento. O chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, declarou que não estava fazendo ameaças nem buscando compensações. A Turquia não forneceu evidências de que essas comunidades nos dois países nórdicos têm relações com o PKK.
No último domingo (15/05), o secretário norte-americano de Estado, Anthony Blinken, expressou confiança na integração de suecos e finlandeses, apesar da objeção da Turquia.
EUA apóia Suécia e Finlândia
Os Estados Unidos vêm incentivando a entrada dos dois países e devem fazer um esforço para contornar a oposição de Erdogan. A Rússia já afirmou que haverá "consequências" se os escandinavos confirmarem as suas adesões à Otan – informou a redação da BBC News.
Da editoria/BBC News/Imagem: redes sociais
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